Copa do Mundo 2022: entenda pedidos de boicote ao torneio no Qatar
Torcedores alemães foram quem mais se manifestaram contra o evento e Federação Dinamarquesa vai protestar
A realização da Copa do Mundo no Qatar é alvo de críticas por conta das violações do país aos direitos humanos como proibição à homossexualidade e supostas mortes de trabalhadores migrantes nas construções para o Mundial. E no último sábado, na última partida antes do Mundial, torcedores do Schalke 04 exibiram faixas com a mensagem em inglês "#BoycottQatar2022". Antes das torcidas do Borussia Dortmund, Monchengladbach e Leipzig também se manifestaram contra.
Antes disso, políticos, jornais, prefeituras e atletas em alguns lugares da Europa também promovem boicote ao Mundial devido a violação dos direitos humanos. Na França, diversas cidades cancelaram as chamadas Fan Fest para os torcedores acompanharem o Mundial e os jogos da seleção nacional. A Suíça e Bélgica também já seguiram o mesmo caminho.
A seleção da Dinamarca, por exemplo, comunicou que pela primeira vez os familiares dos jogadores não irão ao Qatar acompanhar a seleção do país. Em entrevista ao jornal Ekstra, o gerente de comunicação da Federação Dinamarquesa explicou o motivo da decisão.
- Não queremos contribuir para criar lucro para o Qatar. Em edições anteriores (finais da Copa do Mundo), as esposas e namoradas dos jogadores viajaram com a diretoria, mas como eu disse, nós cancelamos essas viagens - comentou Jakob Hoyer.
JOGADORES TAMBÉM SÃO CONTRA
Muitos atletas, em especial os europeus, também estão totalmente contra a realização do Mundial no Qatar. O alemão Joshua Kimmich chegou a dizer que era a favor do boicote, contudo, acredita que isso foi feito tarde demais, uma vez que a decisão foi anunciada em 2008. Os atletas da Dinamarca também pensaram em não participar e por isso optaram pela decisão de não ter familiares no local.
MORTES DE IMIGRANTES
Além da violação dos direitos humanos, jornal "The Guardian" publicou em 2021 que ao menos 6,5 mil trabalhadores imigrantes morreram no país desde o início das obras, em sua maioria africanos, pois eram pagos para trabalhar em condições insalubres e com uma mão de obra extremamente barata, o que gerou revolta por parte dos Direitos Humanos Mundiais.