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Copa do Catar

Fifa lança braçadeiras de capitão, mas Inglaterra e Alemanha querem utilizar modelo arco-íris

No Catar, a homossexualidade é ilegal; Copa do Mundo 2022 recebeu críticas pelo desrespeito aos direitos humanos

19 nov 2022 - 10h29
(atualizado às 11h33)
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Foto: John Sibley / Reuters

A Fifa lançou neste sábado diferentes modelos de braçadeiras de capitão, em parceria com três agências da ONU, para serem usadas pelos representantes das seleções na Copa do Mundo do Catar.

O tema tem gerado grande debate nas últimas semanas. Seleções como Inglaterra e País de Gales devem usar a braçadeira de capitão "OneLove" ("Um Amor", em português), com as cores do arco-íris, em defesa da comunidade LGBT+, mas vão aguardar uma decisão da entidade. Outras equipes, como Dinamarca e Alemanha, também podem adotar o modelo.

Os modelos de braçadeira de capitão lançados pela Fifa

1ª rodada da fase de grupos: "O Futebol une o mundo" #FootballUnitedTheWorld

2ª rodada da fase de grupos: "Salve o planeta" #SaveThePlanet

3ª rodada da fase de grupos: "Proteja as crianças", Divida a refeição" #ProtectChildren #ShareTheMeal

Oitavas de final: "Educação para todos, "Futebol para as escolas" #EducationForAll #FootballForSchools

Quartas de final: "Não à discriminação" #NoDiscrimination

Semifinais: "Seja ativo" e "Traga os movimentos #BeActive #BringTheMoves

Final e disputa do terceiro lugar: "Futebol é alegria, paixão, esperança, amor e paz" #FootballUnitesTheWorld

Neuer em defesa da comunidade LGBT+

Em entrevista coletiva, o goleiro Manuel Neuer, uma das referências da Alemanha, prometeu usar a braçadeira de capitão, com as cores do arco-íris, em apoio à comunidade LGBT+, durante o torneio. "Sim, usarei a braçadeira de capitão. Todo o torneio é uma grande experiência. Não temos medo das consequências", falou Neuer, que é um dos grandes defensores da causa LGBT+, já tendo usado a peça durante a Eurocopa.

Apesar da França apoiar a causa, o goleiro Lloris foi na contramão de Neuer e afirmou, recentemente, que não usará a braçadeira. "Quando recebemos estrangeiros na França, muitas vezes queremos que eles cumpram nossas regras e respeitem nossa cultura. Farei o mesmo quando for ao Catar", afirmou o goleiro na ocasião.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse em coletiva neste sábado que as autoridades do Catar deram a garantia de que "todos serão bem-vindos" durante o torneio, se referindo aos torcedores LGBT+. "Se alguém disser o contrário, não é a opinião do país e não é a opinião da Fifa", afirmou.

Bryan Swanson, diretor de relações com a mídia da Fifa, defendeu o Catar das críticas que a nação do Oriente Médio vem recebendo às vésperas de sediar a Copa do Mundo. O dirigente, que é gay, diz se sentir à vontade no país, onde a homossexualidade é proibida.

"Li muitas críticas da comunidade LGBT+ sobre a Copa do Catar. Mas quero dizer aqui, em público, que como um homem gay, me sinto à vontade aqui", disse Swanson, em entrevista coletiva neste sábado, em Doha.

Estadão
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