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Copa do Catar

Marrocos deixa a Copa do Catar como a ''queridinha'' do público e com marcas importantes

Seleção africana bateu marca no Catar e conquistou o coração de muitas partes do mundo com grande campanha

17 dez 2022 - 14h21
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Pequeno torcedor do Marrocos com o mascote da Copa do Mundo, La'eeb.
Pequeno torcedor do Marrocos com o mascote da Copa do Mundo, La'eeb.
Foto: REUTERS/Paul Childs

A Seleção do Marrocos foi uma das sensações desta Copa do Mundo. Neste sábado, 17, a equipe se despediu do Catar diante da Croácia na disputa do terceiro lugar, mas conseguiu um feito: entrou nos corações dos amantes do futebol. 

Com um futebol intenso, aguerrido, tático e com ousadia, o Marrocos chegou até às semifinais de cabeça erguida, passando em primeiro do grupo que tinha Croácia, atual vice-campeã do mundo, e Bélgica, uma das favoritas. 

Não satisfeita, ainda eliminou a Espanha, campeã do mundo em 2010, nos pênaltis e nas quartas de final, mandou Portugal de Cristiano Ronaldo para casa mais cedo. 

Diante da França, tomou gol cedo, mas mesmo assim fez um confronto de igual para igual e por pouco, não conseguiu o empate que levaria para a prorrogação. 

Atacante marroquino celebra vitória dançando com a mãe:

Onda de 'estrageiros' 

Marrocos é a seleção que mais tem atletas naturalizados convocados: 14 dos 26 jogadores têm certidão de nascimento de países estrangeiros aos que defendem.

A lista de nações inclui Espanha, Bélgica, Holanda, Itália, Canadá e França — onde nasceram dois jogadores, o zagueiro Romain Saiss e o atacante Sofiane Boufal. 

Da Holanda, atacantes Hakim Ziyech e Zakaria Aboukhlal, o zagueiro Noussair Mazraoui e Sofyan Amrabat, que atua no meio foram destaques do time. 

Melhor africano da história das Copas 

No Catar, Marrocos chegou ao mata-mata pela primeira vez desde 1986, quando disputou seu primeiro Mundial. Além disso, foi a primeira nação africana a conquistar sete pontos em uma fase de grupos da Copa e a chegar às semifinais.

Gringos revelam torcida após eliminações na Copa:

Torcida que joga junto 

As torcidas marroquinas são uma das mais fanáticas do futebol mundial. No Catar, foram maioria em quase todos os jogos até aqui - a tendência é que só não sejam contra Inglaterra ou França, nas semifinais. Clubes como o Wydad e o Raja Casablanca, de Marrocos, evidenciam a força que a torcida marroquina tem nas arquibancadas.

Marrocos é o representante do mundo árabe no Catar, além da África. "É a vitória de todos os marroquinos, todos os povos árabes e todos os povos muçulmanos do mundo", disse o atacante marroquino Sofiane Boufal após a classificação sobre a Espanha, nas oitavas de final.

A torcida, ao mesmo tempo que apoia sua seleção, levanta essa pauta de representatividade árabe e africana. Em todos os jogos, bandeiras da Palestina, que busca sua independência de Israel, podem ser vistas nas arquibancadas do Catar. Dentro de campo, nas comemorações, os jogadores também refletem esse apoio da torcida, com falas e manifestações pró-Palestina.

Carter: saudades da Copa, sofrência pelo Hexa e torcida final:

"São 37 milhões de marroquinos em Marrocos e cinco milhões ao redor do mundo. Nosso país não poderia estar mais em festa", diz Ali Saccal, de 30 anos. No Catar, cenas de torcedores de Marrocos com tunisianos e senegaleses puderam ser vistas nos jogos.

Fonte: Redação Terra
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