Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Copa do Catar

Na primeira Copa do Mundo árabe, Marrocos salva o clima festivo no Catar

Mesmo caindo diante da França nesta quarta, o melhor time africano da história dos Mundiais roubou a atenção e a torcida nas arquibancadas

14 dez 2022 - 22h44
Compartilhar
Exibir comentários
Entrada do hotel onde está hospedada a seleção de Marrocos, no Catar. Horas antes da partida desta quarta-feir, 14, torcedores estiveram no local para saudar jogadores e também em busca de ingressos para ver o jogo contra a França.
Entrada do hotel onde está hospedada a seleção de Marrocos, no Catar. Horas antes da partida desta quarta-feir, 14, torcedores estiveram no local para saudar jogadores e também em busca de ingressos para ver o jogo contra a França.
Foto: Alexandre Salvador / Redação Terra

Ismaël é um belga de 23 anos de origem marroquina que veio ao Catar pelo amor pelo futebol. Mesmo sem ingressos para o jogo pelas semifinais nesta quarta-feira, 14, ele pagou 650 euros (em torno de R$ 3,7 mil na cotação atual) por uma passagem aérea de Casablanca até Doha - voos diretos de Bruxelas estavam muito caros, ele garante -  para poder testemunhar a maior campanha da seleção com a qual ele, de fato, se identifica.

De longe, Marrocos foi o país que mais se sentiu em casa nesta edição da Copa do Mundo. Muito se falou sobre a invasão argentina e mexicana nos estádios do Catar durante a primeira fase, mas foi nos jogos dos Leões do Atlas que se ouviu o grito mais alto, principalmente na fase de mata-mata.

Foi com o apoio praticamente incessante daqueles vestidos de vermelho que o time do técnico Walid Regragui conseguiu derrubar dois gigantes europeus, Espanha e Portugal, até encarar a França. A torcida marroquina se notabilizou neste mundial pelas vaias quando o adversário está atacando e pelos gritos de "Allez Maghreb" - a nomenclatura dada às regiões árabes situadas no norte da África.

Nesta que é a primeira edição de Copa do Mundo realizada num país árabe e de maioria muçulmana, os marroquinos conquistaram a torcida de diversos países de cultura similar, principalmente de sírios, libaneses e palestinos. Até os cataris, que fizeram a pior campanha de um país-anfitrião na história dos Mundiais, ganharam simpatia pelos "Maghreb".

Mas a invasão marroquina não foi só marcada pela festa. As autoridades locais se preocuparam com a segurança do espetáculo e, dos 30 voos anunciados pela companhia aérea Royal Air Maroc, apenas oito de fato pousaram em Doha, causando a frustração de muitos torcedores. Pela manhã no horário do Catar, houve confusão na distribuição de 13 mil ingressos de forma gratuita pela Federação Marroquina de Futebol.

Encontrei Ismaël antes do jogo, na porta do hotel onde está concentrada a seleção marroquina. No momento da saída do ônibus em direção ao Estádio Al Bayt, mais do que o nome dos ídolos marroquinos (Ziyech, Bounou e Hakimi são os nomes mais lembrados), uma expressão superou o dos craques: "Tickets! Tickets!" - os valores pedidos pelos cambistas variavam entre 500 e 1000 dólares (entre R$ 2,6 mil e R$ 5,3 mil, na cotação atual) por ingresso.

Infelizmente, Ismaël não conseguiu entrar no Al Bayt para ver o jogo de sua seleção - teve que assistir à eliminação da sua pátria de coração em um telão do lado de fora. Mas ele diz que estará nas cercanias do Estádio Internacional Khalifa, palco da decisão de terceiro lugar do próximo sábado, 17, contra a Croácia. E mais uma vez veremos Marrocos jogar como se estivesse em casa.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade