Sem Neymar, perda emocional e técnica da Seleção é enorme
Atacante vive drama e corre o risco de ser cortado da equipe no Mundial
A princípio, Neymar ficará fora da Seleção somente nos dois próximos jogos da Seleção pela fase de grupos do Mundial. Mas esse cenário ainda é indefinido. A situação é parecida com a de Danilo. Ambos tratam lesão de tornozelo. No caso do atacante do PSG, não contar com ele na sequência da competição representa uma perda enorme para o time, tanto técnica quanto emocional.
Neymar tem muita liderança na Seleção. Sente-se em casa ali. Ele é o termômetro do ambiente do grupo. Brincalhão, traz leveza no dia a dia da concentração. Preocupa-se em integrar todos os convocados e é tratado com deferência pelos demais. É quase que venerado pelos seus colegas de Seleção, notadamente os mais jovens.
Só isso já bastaria para expressar o tamanho do prejuízo da equipe se não puder tê-lo mais em campo. Mas a questão vai muito além. Ele é a referência técnica da Seleção há pelo menos oito anos. É seu segundo maior artilheiro, atrás apenas de Pelé. As melhores exibições do Brasil na última década tiveram a assinatura de Neymar.
Sem o seu talento, haveria algumas opções para Tite montar a equipe. A formação favorita no meio, de acordo com as próprias declarações do treinador ao longo dos últimos meses, seria a escalação de Rodrygo. Com Lucas Paquetá de segundo volante e Casemiro na retaguarda.
Mas ele também pode optar por Fred como volante, deixando Rodrygo na reserva e liberando um pouco mais Lucas Paquetá.
No ataque propriamente dito, o trio da estreia contra Sérvia estaria mantido, com Raphinha, Richarlison e Vinicius Jr.
Para a lateral, o substituto natural de Danilo é Daniel Alves. Ele tende a ser confirmado na lateral para o jogo de segunda-feira contra a Suíça. A outra hipótese seria a improvisação de Éder Militão no setor, que já atuou assim no amistoso contra Gana, sem setembro.