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Tite defende danças na Seleção e minimiza críticas: "Se tiver que dançar, vou dançar"

Técnico da Seleção Brasileira disse que dança é uma das formas de se conectar à nova geração de atletas

8 dez 2022 - 09h40
(atualizado às 09h56)
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Tite defende danças na Seleção e minimiza críticas: "Se tiver que dançar, vou dançar"
Tite defende danças na Seleção e minimiza críticas: "Se tiver que dançar, vou dançar"
Foto: - Lucas Figueiredo CBF _01 / Lance!

Já virou costume ver os jogadores da Seleção Brasileira dançando na comemoração dos gols. Na goleada de 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, até mesmo o técnico Tite entrou na onda e dançou após o gol de Richarlison. As dancinhas, porém, foram alvo de criticas por diversas pessoas.

Nesta quinta-feira, 8, em entrevista coletiva, o comandante do Brasil rebatou às reclamações e destacou que essa é a cultura do futebol brasileiro.

"Não é minha Seleção, a Seleção Brasileira que eu tenho responsabilidade de ser técnico. Lamento e não vou fazer comentários de quem não conhece a história e a cultura do Brasil. Eu quero ter uma conexão com pessoas que se identificam comigo, o meu trabalho e quem sabem da minha história. Ela é muito discreta e vai continuar sendo", disse.

"Eu respeito a cultura e o jeito que eu sou, a seleção que trabalho. Tem uma série de meninos que vão dançar também, que é a cultura brasileira, e ela não vai desmerecer nenhum outro. É a nossa forma de ser. Em termos culturais, que a gente possa ajudar também na educação dos meninos", ampliou.

Tite ainda ressaltou que, se precisar, ele vai dançar novamente. O técnico salientou a sua conexão com os atletas da Seleção e brincou sobre as dancinhas.

"É uma conexão com a geração jovem. Eu tenho 61 anos e trabalho com que podem ser quase que meus netos. Eu gero uma conexão com eles. Entre a equipe que eu trabalho, quem verdadeiramente me conhece, e os outros que não me conhecem, eu vou dar valor a ela (minha equipe). Se tiver que dançar, vou dançar. De uma forma bem sútil, pedi para que me escondessem (risos). Não é o meu perfil. O quadro, quando se pinta, é do atleta. Eu não posso pintar o quadro maior. São os atletas, mas participar dela, sim. Queremos participar, participar das alegrias. Eu tenho que treinar mais, sei, pescoço duro, o braço não vai (risos)", declarou.

Por fim, o comandante afirmou que o Brasil não vai mudar a sua forma de jogar. Ou seja, ele quer continuar vendo um time que vai para cima dos adversários sem medo.

"É a identidade do futebol brasileiro, não sou eu, é a geração que surgiu agora, são os técnicos de base que formaram esses atletas. É uma nova geração. Nós damos confiança para que eles possam produzir o seu melhor. É a nossa característica", analisou.

"Em cima dessa pressão, tem que ter coragem para jogar desta forma, mesmo correndo riscos e a carne ser cortada. E eu já vivi isso. Mesmo assim eu vou em frente. Esse é o futebol que eu acredito, mesmo que na frente tenha carne cortada se não for campeão. Mas é para frente que vamos, é nisso que acreditamos", finalizou.

A Seleção Brasileira enfrenta a Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo, nesta sexta-feira, às 12 horas (de Brasília), no Estádio Cidade da Educação.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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