Torcedor que invadiu campo com bandeira LGBTQIA+ é banido dos estádios do Catar
Mario Ferri realizou um protesto durante a partida entre Portugal e Uruguai pelo grupo H
A partida entre Portugal e Uruguai desta última segunda-feira (28) de Copa do Mundo, foi marcada por uma invasão ao campo de um torcedor. O italiano Mario Ferri entrou no gramado enquanto a partida acontecia para realizar um protesto. Após o ato, o fã do esporte foi banido dos estádios do Catar.
O homem foi detido ainda em campo pelas autoridades locais. Como resultado da ação, o italiano teve o Hyya Card, cartão exigido para entrar nos estádios do país árabe, apreendido. Na invasão, Mario Ferri carregava uma bandeira em referência à causa LGBTQIAP+ e usava uma camisa com as frases "salve a Ucrânia" e "respeito pelas mulheres iranianas".
"Após a invasão do campo, que ocorreu durante a partida de Portugal x Uruguai na noite passada, podemos confirmar que o indivíduo envolvido foi liberado logo após ser retirado do campo e sua embaixada foi informada. Como consequência de suas ações, e como de praxe, seu Hayya Card foi cancelado e ele foi banido de estar em futuras partidas neste torneio", informou o Comitê Supremo do Legado da Copa do Mundo.
Esta não foi a primeira vez que o italiano invadiu o gramado durante uma partida de futebol profissional. Aliás, ele é famoso na internet por realizar certo ato. A primeira ocorrência aconteceu em 2010, em um confronto entre Sampdoria e Napoli, pelo Campeonato Italiano. Na invasão, o torcedor queria chamar a atenção do técnico Marcelo Lippi pela não convocação do atacante Antonio Cassano para a Copa do Mundo.
Posteriormente, o torcedor começou com uma sucessão de invasões em partidas de futebol. Ele atuou na Copa do Mundo de 2010, na semifinal entre Alemanha e Espanha com a faixa "Lipe eu avisei". Na época, a Itália já havia sido eliminada no torneio.
Mario Ferri também agiu na Copa do Mundo do Brasil, de 2014. Na invasão, ele entrou em campo com uma camisa do super-homem e com a mensagem "salvem as crianças da favela". Na atual edição do torneio, o italiano escolheu como temas do protesto, a causa do público LGBTQIAP+ no Qatar, direito das mulheres iranianas e a guerra da Ucrânia.