Chile vai usar dança de guerra para impressionar adversários
Em busca do seu primeiro título da Copa América, o Chile vai mostrar aos outros 11 participantes que está disposto a guerrear por sua conquista. O ponto central da cerimônia de abertura da competição, nesta quinta-feira, a partir das 19h15, no Estádio Nacional de Santiago, vai ser uma representação do ritual Hoko, uma dança típica da Ilha de Páscoa, onde os nativos de Rapa Nui comemoravam vitórias em guerras.
Além disso, mais de 200 canhões de luz e dez máquinas de fogos vão marcar a abertura, além de fogos de artifício. O diretor do evento, Manuel Guzmán, afirmou que o evento será para a TV mas também para quem estiver no estádio. “O Chile nunca viu nada igual”, afirmou pouco antes do ensaio final realizado na última terça-feira.
Outro detalhe quase inovador é que a cerimônia vai ser praticamente toda na pista de atletismo, poupando o gramado do estádio para o que realmente importa: o jogo. A duração total será de 20 minutos e vai percorrer os países participantes por meio da história do futebol.
Depois da cerimônia de abertura, rola a bola para Chile e Equador. Mas daquela seleção que quase eliminou o Brasil na Copa do Mundo (ainda se lamentam pela bola no travessão de Pinilla) a moral baixou e o clima esquentou. Alexis Sanches e o volante Marcelo Díaz quase saíram no tapa dentro do vestiário após o amistoso da semana passada contra El Salvador.
Apesar de uma boa seleção, talentosa, o time de Jorge Sampaoli é recheado de incertezas. A começar por ganhar do Equador. E o que se comenta pelas ruas de Santiago é que um time que teme uma seleção como a do Equador não pode medir forças contra Argentina ou Brasil. Por enquanto os chilenos se contentam com chegar a semifinais. Mas se a vitória contra o Equador vier na estreia, a festa nas ruas de Santiago promete ser inesquecível, mesmo com a temperatura de 0° C prevista para a hora da partida.
SEGURANÇA
Um grande esquema de segurança foi montado pela polícia para este primeiro jogo. Serão oito quarteirões bloqueados no entorno do estádio e só passa quem tiver credencial ou ingresso e identificação. Além disso a polícia promete aumentar o cerco contra aqueles torcedores que têm proibição de frequentarem eventos esportivos, principalmente os chilenos e os barrabravas argentinos.