No jogo 100, Messi volta a se apagar no fim e fica no quase
Messi chega a jogo 100 com a seleção da Argentina, mas segue, na Copa América, sem dar show como no Barcelona
O centésimo jogo de Lionel Messi com a camisa da Argentina poderia ter sido especial, mas acabou como mais uma partida bastante semelhantes às demais que o astro realizou nesta Copa América até aqui: um começo excelente, muitas jogadas bonitas, "quase golaços" e um final apagado. A vitória por 1 a 0 sobre a Jamaica, com gol de Higuaín logo no início, certamente não vai entrar para a galeria de grandes atuações do camisa 10.
Com todos os holofotes sobre si, Messi chamou a responsabilidade de liderar o ataque argentino como de costume. Diante de uma Jamaica fortemente retrancada e sem vergonha de chegar mais duro, o craque procurou espaços, driblou, distribuiu passes e foi o motor ofensivo alviceleste no primeiro tempo, apesar de não ter participado diretamente do gol - a assistência foi de Di María.
Quem esperava um lance inesquecível do principal personagem da noite por pouco não foi atendido. Não faltaram oportunidades para Messi deixar sua marca com estilo: uma finta e um chute colocado que tiraram tinta da trave, uma falta bem batida e defendida pelo goleiro Miller e, principalmente, uma tentativa genial por cobertura que parou nas pontas dos dedos do jamaicano.
A intensidade do jogo de Messi, porém, foi caindo à medida que o segundo tempo se arrastou em Viña del Mar - com a Jamaica satisfeita em perder só de 1 a 0, e a Argentina tocando a bola de forma modorrenta, sem ímpeto para ampliar. Assim como nos jogos contra Paraguai e Uruguai, o camisa 10 se movimentou bem menos nos últimos 15 minutos, ficando quase exclusivamente preso à ponta direita e pouco arriscando jogadas.
O técnico Tata Martino já manifestou preocupação pelo estado físico dos jogadores nesta Copa América, e Messi é um dos nomes que nitidamente cai de produção a partir da metade do segundo tempo. Ainda assim, não foi substituído em nenhuma ocasião - afinal, se alguém tem potencial para decidir um jogo em um lance isolado na Argentina, ele é sem dúvida o mais indicado.
Desta vez, Messi sequer foi incluído entre os concorrentes para vencer o prêmio de melhor em campo - os candidatos foram Higuaín, Pastore, Di María e o jamaicano Austin. Até agora, o craque tem só um gol em três jogos, de pênalti, contra o Paraguai. Para os padrões elevadíssimos que ele mesmo estabeleceu ao longo da última década, é pouco. Mas, com a Argentina garantida nas quartas de final, ele pode estar guardando o melhor para os jogos 101, 102, 103...
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