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Copa América

Chile endurece lei e teme protestos na Copa América

País aumentou rigor de lei local contra torcedores violentos e criará barreira ao redor de estádio antes da abertura

10 jun 2015 - 12h37
(atualizado às 12h44)
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Um cinturão de segurança de oito quarteirões vai ser montado nesta quinta-feira para o jogo de abertura da Copa América 2015 entre Chile e Equador. Este é o tamanho do temor das autoridades chilenas por protestos contra o governo e contra a Copa América que podem acontecer no primeiro jogo e durante todo o torneio.

O Governo promulgou esta semana uma nova Lei de Direitos e Deveres do Futebol, que substitui uma antiga lei contra a violência nos estádios. A nova regulamentação dobra o tempo de proibição de acesso a estádios para torcedores violentos, que agora vai de dois a quatro anos; pune discriminação e xenofobia, aumenta a multa para quem for pego violando as leis e ainda dá mais poder às prefeituras para vetar eventos que possam ser de alto risco e aumenta o poder dos seguranças privados dentro das instalações esportivas no país.

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A ministra de Esportes, Natalia Riffo, esteve na manhã desta quarta-feira visitando as instalações do Estádio Nacional e falou sobre o temor a protestos. “Esta é uma festa cidadã e espero que todos compreendam isso. O país entende isso e espero que amanhã a população corresponda a essa expectativa”, disse, incomodada com a pergunta.

Nos últimos dias, os protestos contra o governo de Michelle Bachellet têm sido diários não apenas na capital, mas em Rancágua, nas portas da concentração da seleção chilena, e em Temuco, onde o Brasil estreia no próximo domingo contra o Peru. “Não basta apenas a lei. É preciso chegar com uma conduta e atitude diferente”, disse a Ministra.

Pixações são apagadas em muro de estádio um dia antes da abertura da Copa América
Pixações são apagadas em muro de estádio um dia antes da abertura da Copa América
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra

Para passar do cinturão de segurança nesta quinta,vai ser preciso levar documento de identificação e ingresso. Inclusive os menores precisam estar identificados. “É uma oportunidade que temos. O esporte é um espaço de integração de cultura e temos que nos comportar à altura”, disse a ministra, em uma frase que mais do que um conselho, parece um apelo.

O panorama no entorno do Estádio Nacional um dia antes da abertura é de muito trabalho. Operários apagam pichações dos muros e já há cercas de ferro isolando grande parte do local, bem longe do muro. Os chilenos se lembram bem dos seus compatriotas invadindo o Maracanã na partida contra a Espanha na Copa do Mundo e não querem correr riscos.

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Fonte: Terra
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