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Copa América

Argentina volta a sofrer no fim, e fôlego preocupa Martino

17 jun 2015 - 08h12
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Foi melhor que na estreia contra o Paraguai: se naquele empate por 2 a 2 a Argentina só jogou o futebol que pode jogar nos primeiros 45 minutos, desta vez o alto nível se manteve por bem mais tempo. Mas a vitória por 1 a 0 sobre o Uruguai não escondeu algo que se repetiu nas duas partidas até aqui na Copa América: nos minutos finais, a equipe favorita sofreu uma forte pressão, e o adversário teve boas chances de gol. Para o técnico Tata Martino, a questão é física.

"O que mais me preocupa é que não podemos sustentar o ritmo nos 90 minutos nas duas partidas. Contra rivais de hierarquia (como o Uruguai), temos que matar o jogo. Temos que manter a mobilidade, e isso nos faltou. Para mim, foi muito chamativo que isso tenha acontecido nos dois jogos", avaliou o treinador.

Tata Martino se preocupa com queda de rendimento da Argentina no segundo tempo dos jogos
Tata Martino se preocupa com queda de rendimento da Argentina no segundo tempo dos jogos
Foto: Mario Ruiz / EFE

É fato que o tipo de jogo que Martino quer que a Argentina jogue exige muito fisicamente: com a bola, movimentação constante para abrir espaços, e sem ela, pressão na frente para recuperá-la o mais rápido possível. A defesa também precisa jogar adiantada, para não deixar espaços no meio-campo e manter os atacantes lá na frente, sempre prontos para uma nova ofensiva.

Diante dos paraguaios, foi assim que a equipe jogou no primeiro tempo, quando abriu 2 a 0 e poderia ter feito mais; depois do intervalo, porém, o time relaxou em campo e permitiu o empate. Na visão de Martino, o padrão se repetiu contra o Uruguai, mas com um período maior de domínio argentino.

Uruguai pressionou nos minutos finais e por pouco não buscou o empate
Uruguai pressionou nos minutos finais e por pouco não buscou o empate
Foto: Juan Carlos Cardenas / EFE

"Eu vi basicamente 70 minutos parecidos com o jogo contra o Paraguai", disse ele. "A bola era nossa, e tentamos elaborar e romper o sistema do Uruguai. Nos últimos 20 minutos, não é que quisemos deixar de jogar, mas perdemos mobilidade para o passe, dividimos a bola. Para nós, é ruim não ter o controle do jogo".

Foram três as alterações de Martino no jogo, todas nos dez minutos finais: Pastore, Agüero e Di María, todos parecendo bem cansados, deram lugar a Banega, Tevez e Pereyra, respectivamente. Para o treinador, será complicado driblar o problema do fôlego, mas ele novamente descartou mudar o estilo da seleção, dizendo que quer "seguir uma linha de trabalho" antes de pensar em resultados.

"Não sei se é algo que podemos solucionar. Tem a ver com a temporada, que um jogou final da Copa do Rei, outro de Champions, outro da Copa da França... são muitos jogos. E com a intenção de jogo que temos, talvez a questão física os afete quando não podemos resolver a partida", declarou.

A Argentina terá agora três dias para descansar em La Serena antes de seguir viagem para Viña del Mar, onde fecha sua participação no Grupo B diante da Jamaica, no próximo sábado. Será um dia a mais de recuperação em relação às duas primeiras partidas, já que a equipe estreou no sábado passado contra o Paraguai e pegou o Uruguai três dias depois, na terça.

Fonte: Terra
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