Gatito garante torcida extra do Paraguai com botafoguenses
Boa parte da torcida do Paraguai presente ao Maracanã não escondia um motivo especial para o jogo com o Catar - incentivar o goleiro Gatito Fernandez. Tudo por causa do Botafogo. Sim, Gatito contou com um apoio particular. Eram centenas de botafoguenses vestindo a camisa do clube.
"Só vim pelo Gatito. O resto não me interessa" resumiu Victor Duarte, estampando uma vistosa camisa do Alvinegro carioca, assim que chegava ao estádio.
Vanderlei Gomes e os filhos João Victor, 14, e os gêmeos João Lucas e João Ricardo, 8 anos, também exibiam o manto botafoguense e alimentavam a esperança de uma vitória fácil do Paraguai. Coube a Lucas destacar rapidamente quem a família considerava o melhor jogador da seleção paraguaia: "Gatito, evidentemente."
Havia, porém, uma outra parcela do público que foi ao Maracanã para torcer pelo time asiático. Mais do que isso, muitos desse grupo estavam lá também por causa de Gatito. Eles até desconheciam o nome que se dá (o gentílico) a quem nasce no Catar - catariano, catarense ou catari. Nada disso importava. O que queriam mesmo era 'secar' o goleiro.
Não é difícil imaginar que entre os anti-Gatito havia um número considerável de flamenguistas. Como o estudante de Administração Gabriel Máximo, 19 anos. Ele vestia a camisa 10 do Flamengo e disse que só resolveu ir ao jogo para ficar no pé de Gatito. "Sou Catar com dois gols de diferença, com direito a um 'frango' de Gatito."
Gatito arrancou aplausos e vaias ao tocar na bola pela primeira vez, aos 8 minutos. De um lado, os botafoguenses. Do outro, os rubro-negros com o reforço de vascaínos e tricolores. Houve até um pequeno ensaio de 'frangueiro' para o goleiro do Paraguai, ainda no primeiro tempo. Coro abafado pelos fãs de Gatito.
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