Aventura da Jamaica fica sem gol, mas rende selfie com Messi
Convidada como terceira opção para completar as 12 seleções da Copa América, após as recusas dos asiáticos Japão e China, a Jamaica deixou a competição no último sábado da forma esperada: muita entrega e luta em campo, mas três derrotas em três jogos e a eliminação na primeira fase. Mas se não deu para causar uma surpresa em um grupo difícil, ao menos os jogadores levarão recordações para o resto da vida, como camisas dos argentinos e até uma selfie com Lionel Messi.
A cena inusitada aconteceu logo após o árbitro apitar o final da derrota por 1 a 0 da Jamaica diante da Argentina, no Estádio Sausalito, em Viña del Mar. O atacante Deshorne Brown, que havia sido substituído, já estava preparado com seu celular no banco de reservas. Assim que o jogo acabou, ele correu para o campo e tirou uma foto com Messi – àquela altura, não mais um adversário, e sim um ídolo.
"Para mim, ele (Messi) é o melhor do mundo", disse Brown, 24 anos, que joga pelo Valerenga, da Noruega. "Ele é a inspiração que uso para desenvolver minhas habilidades. Sempre vejo seus jogos no Barcelona. Eu pensei: 'vou pedir a foto, mas se ele não quiser, tudo bem'. Mas ele foi legal e disse que sim. Fiquei feliz, agora vou para casa e vou emoldurar a foto".
O técnico Winfried Schäfer não recriminou a atitude de "tiete" de seus jogadores com os argentinos e se disse orgulhoso do desempenho da Jamaica na Copa América. Apesar de ter perdido de Uruguai, Paraguai e Argentina no Grupo B, todas as derrotas foram só por 1 a 0, e a equipe caribenha mostrou algumas virtudes, como aplicação na marcação e velocidade na frente.
"Eu me lembro de um jogo pela Liga dos Campeões em que jogadores do Bayer Leverkusen estavam falando, antes de uma partida contra o Barcelona, sobre quem pegaria a camisa do Messi depois", comparou
o técnico alemão. "Acabaram perdendo de seis ou sete, algo assim (7 a 1, em julho de 2012, com cinco gols de Messi). E Messi é um jogador muito simpático, nunca vi cometer uma falta grave. É um prazer jogar contra alguém assim".
Apesar da cordialidade e de ter classificado a participação na Copa América como "uma grande festa", Schäfer também vai deixar o Chile com algumas preocupações. A maior delas, já visando a disputa da Copa Ouro da Concacaf em julho, será a inoperância de seu ataque, que não conseguiu balançar as redes em nenhuma das três partidas.
"Estou orgulhoso do meu time, jogamos contra alguns dos melhores times do mundo e perdemos os três jogos por 1 a 0. Então nosso problema está nas finalizações. Precisamos melhorar nossos atacantes e também aproveitar melhor as jogadas de faltas e escanteios. Muitas equipes vencem através de lances assim, então é isso que temos que trabalhar para a Copa Ouro", encerrou o alemão.