Martino diz que jogo foi chato e torce por "falha técnica"
Você já ouviu falar de algum treinador que torce para que o problema de seu time seja que os jogadores estejam mal tecnicamente ou desconcentrados? Pois foi isso que Tata Martino declarou após a vitória por 1 a 0 da Argentina sobre a Jamaica, neste sábado, pela Copa América. Novamente preocupado com a queda brusca de ritmo que a equipe tem sofrido no segundo tempo das partidas, ele teme que o motivo seja um problema físico "impossível" de resolver.
"Essa parte (falar de mau estado físico) é uma desculpa que temos para nos defender de uma atuação que não foi boa. Uma coisa foi fazer o gol com 10min, controlar o jogo e ter mais cinco situações de gol, outra coisa foi o segundo tempo, lento e tedioso. Tomara que o problema seja futebolístico, que é muito mais fácil de solucionar, conversando com os jogadores. Se for uma baixa física, no meio da competição, não temos como solucionar", disse.
De fato, nas três partidas até aqui, a Argentina caiu bastante de produção na segunda etapa. Na estreia, após abrir 2 a 0 contra o Paraguai antes do intervalo, relaxou e permitiu o empate. Depois, diante de Uruguai e Jamaica, a mesma história: domínio total no primeiro tempo, mas apenas um gol marcado, e uma lentidão generalizada nos minutos finais, com o adversário ensaiando uma pressão.
"O primeiro tempo me pareceu correto, mas o segundo, sim, foi bem chato", avaliou Martino. "A circulação da bola não foi rápida o suficiente para causar danos à Jamaica ou a qualquer outro rival, e senti de novo uma baixa física no time. O fato de não conseguir matar o jogo até um momento em que não conseguimos sustentar o ritmo está nos causando intranquilidade".
Agora classificada em primeiro do Grupo B às quartas de final, com sete pontos, a Argentina aguarda os jogos deste domingo para saber seu próximo adversário – que pode ser o Equador ou o terceiro colocado do Grupo C. Brasil, Peru, Venezuela e Colômbia estão todos empatados com três pontos, e qualquer um deles ainda pode terminar na terceira posição. Para Martino, apesar dos problemas, sua equipe está pronta para o mata-mata.
"Se nos guiarmos por esse jogo, provavelmente não (estamos preparados), mas pelos anteriores, creio que sim. Tivemos grandes momentos nessa primeira fase, a quantidade de pontos foi aceitável e os objetivos foram cumpridos. Agora temos seis dias quase completos de descanso, e a diferença é que não há mais margem para erro"¸ concluiu o treinador.