É pessoal, Messi? "Brasileiros" sofrem na marcação do craque
Todos com passagens por clubes do Brasil, Samudio, Cáceres, Álvaro Pereira e Arévalo Ríos não tiveram sucesso contra o argentino
Parar Lionel Messi não é tarefa fácil para nenhum jogador do planeta. O camisa 10 da Argentina está acostumado a encarar sistemas defensivos sólidos, retrancas com pouquíssimo espaço e entradas duras para tentar frear seus dribles. E nesta Copa América, ele tem mostrado isso com uma peculiaridade: infernizando marcadores que são velhos conhecidos do futebol brasileiro.
Tanto na estreia contra o Paraguai quanto na vitória sobre o Uruguai, os principais jogadores que enfrentaram Messi em confronto direto jogam ou jogaram em times brasileiros: no primeiro jogo, os adversários foram Samudio, ex-Cruzeiro, e Cáceres, do Flamengo; na segunda partida, Álvaro Pereira, ex-São Paulo, e Arévalo Ríos, ex-Botafogo.
Nenhum deles levou a melhor sobre o craque. Escalado na ponta direita no sistema 4-3-3 de Tata Martino, mas com total liberdade para recuar ou cair pelo meio como gosta de fazer, Messi encara principalmente a marcação do lateral esquerdo e do volante mais recuado do adversário. E como é difícil tirar a bola do argentino!
Contra os paraguaios, Samudio até que não passou muitos apuros diante do pé esquerdo mais genial do planeta. Messi jogou mais em cima de Cáceres, que levou um verdadeiro baile. No primeiro tempo, uma "caneta" humilhante e um outro drible desconcertante levantaram a torcida em La Serena. Depois, o flamenguista até apelou para puxões de camisa e faltas, mas não conseguiu acompanhar o rival praticamente em nenhum momento do jogo.
Já diante do Uruguai, Álvaro Pereira foi a vítima preferida. Messi dançou como quis na ponta direita para cima do lateral, com direito a mais um drible pelo meio das pernas. Arévalo também sofreu, errando carrinhos e apelando para faltas no meio-campo. Em cena pouco característica, Messi até se irritou com as pancadas da dupla no segundo tempo, criando um princípio de confusão que teve que ser apartado pelo árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci.
Como disse o capitão uruguaio Godín antes da partida, parar o argentino só é possível com um trabalho coletivo muito forte e entrosado. De fato, a aceleração, a habilidade e a força de Messi tornam praticamente impossível alguém levar a melhor sobre ele no mano a mano. E o camisa 10 parece ter chegado em ótima forma à Copa América. Pelo menos o próximo adversário, a Jamaica, não tem ninguém que já tenha jogado no Brasil...