Gareca lamenta fracasso no Palmeiras: "não me saí muito bem"
Uma pergunta fez o técnico da seleção peruana sorrir: se das 12 equipes da Copa América seis têm técnicos argentinos, por que é que o Brasil não se adapta ao estilo argentino de treinar? Ou mais: por que os argentinos não emplacam um bom trabalho no Brasil como técnicos? Estas perguntas, aliás, se encaixam perfeitamente à realidade de Ricardo Gareca, já que comandou o Palmeiras por menos de três meses no ano passado.
“Foi muito difícil para mim. É um país maravilhoso, um campeonato interessante. Não sei o que dizer. Não há muita história de treinadores argentinos.Talvez seja isso. Gosto de desafios, mas a verdade é que não me saí muito bem”, disse o ex-técnico do Palmeiras. Além da Argentina, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Paraguai tem técnicos argentinos na Copa América 2015.
Mas o Brasil é passado para Gareca, que agora admite enfrentar o maior desafio de sua carreira de técnico. “Nunca disputei uma Copa do Mundo e esta é minha primeira competição como técnico de um país. E é muito diferente porque é o sonho de muita gente envolvida. Estou vivendo um momento espetacular na minha carreira”, disse ele, que assumiu a seleção peruana em março deste ano, seis meses depois de ser dispensado pelo Palmeiras, com o time na zona de rebaixamento do Brasileiro.
Com a experiência de ter treinado o Universitário do Peru por um ano e meio, Gareca revela ser admirador do passado do futebol peruano, que foi semifinalista da Copa de 70, mas que não chega a um Mundial desde 1982, na Espanha. “Acredito na capacidade de jogo dos peruanos. Os jogadores têm bom nível técnico. Não há que ter inveja a ninguém, mas é preciso demostrar em campo essa capacidade”, desafiou.
O trabalho é, de acordo com o treinador, para dar resultados quanto antes. Na Copa América se possível. “Queremos sim passar de fase. Conseguir resultados quanto antes é importante. Depois vamos pensar nas Eliminatórias”, disse. O técnico afirmou ainda que há um grupo de seleções que tenta conquistar vagas em Mundiais e que se meter nesse grupo é o próximo desafio. “Mas estou pensando agora apenas no Brasil. Não penso nem na Venezuela e na Colômbia, que são meus próximos adversários”, afirmou.