O Chile fez história ao superar a Argentina nos pênaltis e conquistar a Copa América pela primeira vez, mas a noite não foi só de alegrias para Valdivia. Um dos melhores jogadores da competição até este sábado, o camisa 10 teve atuação abaixo da excelente média na grande decisão, não conseguiu influenciar o jogo como de costume e acabou substituído pelo técnico Jorge Sampaoli no segundo tempo. O resultado? Um festival de fúria, palavrões e xingamentos.
A placa com o número de Valdivia subiu aos 32min do segundo tempo. Assim que percebeu que era ele o escolhido para sair na primeira alteração chilena, o meia abaixou a cabeça, fez sinal de negativo e deixou o campo soltando palavrões. Sequer cumprimentou o companheiro Matías Fernández, não olhou na cara de Sampaoli e se dirigiu diretamente ao banco de reservas.
Ali, o show de irritação continuou: o jogador chegou a atirar objetos no chão e discutir asperamente com um membro da comissão técnica. Sampaoli, enquanto isso, ficou de costas para a confusão, de pé à beira do gramado, concentrado na tensa final diante dos argentinos.
Chilenos festejaram muito a conquista inédita
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Nos pênaltis, o Chile derrotou a Argentina e conquistou o primeiro título da sua história: a Copa América de 2015
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Messi fez o seu pênalti, mas companheiros desperdiçaram cobranças seguintes e o craque ficou com mais um vice pela seleção profissional
Foto: Hector Vivas / Latin Content/Getty Images
Bravo pega o pênalti de Banega, o terceiro da Argentina
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Mais uma vez vice: Messi lamenta queda nos pênaltis
Foto: Gabriel Rossi / Latin Content/Getty Images
Medel expressa a emoção do Chile após a conquista do seu primeiro grande título da história no futebol profissional
Foto: Felipe Zanca / Latin Content/Getty Images
Vidal lamenta chance perdida pelo Chile
Foto: Hector Vivas / Latin Content/Getty Images
Artilheiro chileno, Vargas ajoelha no gramado
Foto: Hector Vivas / Latin Content/Getty Images
Messi apareceu bastante na partida e sofreu com a violência
Foto: Hector Vivas / Latin Content/Getty Images
Tata Martino se irritou com a firmeza da marcação chilena
Foto: Hector Vivas / Latin Content/Getty Images
Taça da Copa América aguardou em estande enquanto a partida se desenrolava
Foto: Hector Vivas / Latin Content/Getty Images
Bravo fez boas defesas na decisão
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Chilenos fizeram uma marcação apertada nos principais jogadores argentinos
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Di María deixou o gramado no primeiro tempo sentindo lesão
Foto: Gabriel Rossi / Latin Content/Getty Images
Argentino, Sampaoli orienta seleção chilena
Foto: Gabriel Rossi / Latin Content/Getty Images
Agüero disputa bola contra defensores chilenos
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Apesar de muita movimentação em campo, Vidal foi inefetivo
Foto: Felipe Zanca / Latin Content/Getty Images
Valdivia foi muito acionado no primeiro tempo, mas acabou substituído e reclamou muito
Foto: Felipe Zanca / Latin Content/Getty Images
Médicos da Argentina atendem o lesionado Di María
Foto: Gabriel Rossi / Latin Content/Getty Images
Lionel Messi apanha mais uma vez da defesa chilena
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Vidal disputa com Demichelis
Foto: Felipe Zanca / Latin Content/Getty Images
Chile comemora o primeiro título da sua história
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Pressão total: Messi não teve espaço para aparecer no jogo
Foto: Felipe Zanca / Latin Content/Getty Images
Paolo Guerrero e Eduardo Vargas foram os artilheiros da Copa América
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Goleiro do Barcelona e do Chile, Bravo foi eleito o melhor da posição na Copa América
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Chile comemora a conquista da primeira Copa América da sua história
Foto: Gabriel Rossi / Latin Content/Getty Images
Com familiares, jogadores levantam a taça da Copa América
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Vidal, assim como seus companheiros, se emocionou com o título
Foto: Miguel Tovar / Latin Content/Getty Images
Compartilhar
Publicidade
Dá até para entender a braveza de Valdivia, afinal, ele não jogou mal. Pode não ter sido decisivo nem tido uma atuação magistral como em partidas anteriores, mas buscou jogo, distribuiu passes e ajudou bem na marcação. As tentativas de bolas mais incisivas, porém, foram praticamente todas malsucedidas, e o "Mago" - dono de três assistências na Copa América - não conseguiu deixar ninguém na cara do gol dessa vez.
Um lance que chamou a atenção negativamente aconteceu ainda no primeiro tempo, expondo o velho defeito de Valdivia na finalização: o camisa 10 recebeu em ótima condição na área, mas em vez de definir, tentou um passe na segunda trave e errou. O Estádio Nacional chiou em peso, pedindo o chute.
Na segunda etapa, o ritmo de Valdivia caiu um pouco, e Sampaoli achou melhor trocá-lo por Fernández. O substituto manteve a média - passou longe de jogar mal e teve bons lances, mas também não conseguiu fazer a diferença. Na disputa por pênaltis, foi ele quem abriu a contagem para o Chile com uma pancada no ângulo de Romero.
É claro que a festa, no fim das contas, acabará sendo muito maior que a decepção por ter sido sacado na final. E Valdivia tem mais é que esquecer esse episódio e comemorar muito. Afinal, se o Chile conquistou um título pela primeira vez na história da seleção, deve muito disso à "magia" do camisa 10.