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Copa Coca-Cola

Conheça história do time que teve Pelé, Cruyff e Beckenbauer

6 nov 2012 - 07h23
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Aqueles que acompanharam o futebol no início deste século não esquecem os famosos galácticos do Real Madrid, que contava com craques como Ronaldo, Zidane, Figo, Beckham, Raul e Roberto Carlos. Três décadas antes, porém, uma equipe dos Estados Unidos resolveu fazer o mesmo para divulgar o futebol dentro do país, e agrupou nomes como Pelé, Beckenbauer, Neeskens, Carlos Alberto, Chinaglia e Romerito. Estamos falando do New York Cosmos.

Rivais em 74, Johan Cruyff e Franz Beckenbauer vestiram a camisa do Cosmos
Rivais em 74, Johan Cruyff e Franz Beckenbauer vestiram a camisa do Cosmos
Foto: Getty Images

O clube foi fundado em 1971, três anos após a criação da Liga Norte-Americana de Futebol. Nesta época, o esporte bretão era praticamente ignorado pela população dos Estados Unidos, e os estádios recebiam públicos pequenos, compostos, em sua maioria, por descendentes de latinos.

Entretanto, as coisas mudaram em 1975, quando o presidente do Cosmos resolveu investir pesado para levar à equipe os principais nomes do planeta. E para inaugurar o projeto, nada melhor do que contratar o maior jogador do mundo. Assim, Pelé, que estava prestes a deixar o futebol, recebeu uma oferta salarial de US$ 1,5 milhão, e se transferiu para o clube norte-americano.

No ano seguinte, a equipe foi reforçada pelo italiano Giorgio Chinaglia, que se tornaria o maior artilheiro da história do Cosmos, com 193 gols em 213 jogos. Em 1977, completaram o esquadrão outros dois campeões mundiais: o líbero Beckenbauer, capitão da Alemanha em 1974, e o lateral Carlos Alberto, capitão do Brasil em 1970.

Nesta época, a equipe de Nova York atingiu o seu auge, e passou a receber médias de público de 47 mil torcedores, quinze vezes mais do que antes da chegada dos craques. Ao final da temporada, porém, o rei anunciou sua aposentadoria. No jogo de despedida, Cosmos e Santos se enfrentaram no Giants Stadium. Pelé jogou um tempo por cada equipe, marcando de falta para os norte-americanos no primeiro tempo.

Para suprir a ausência do camisa 10, os nova-iorquinos trouxeram uma nova leva de craques: Neeskens, genial meia da seleção Holanda dos anos 1970, Bogicevic, iugoslavo que havia sido sondado pelo Bayern para substituir Beckenbauer, e o paraguaio Romerito. Em 1978, Cruyff também defendeu o Cosmos por uma única partida, diante de uma seleção formada pelos melhores jogadores da Copa daquele ano, excluindo os argentinos, que foram campeões.

Ao contrário dos galácticos do Real Madrid, que não ganharam muita coisa, tantas estrelas fizeram do Cosmos a franquia mais bem sucedida dos Estados Unidos, faturando a Liga Norte-Americana em cinco ocasiões (1972, 77, 78, 80 e 82).

Com a aposentadoria do rei, no entanto, o interesse pelo futebol foi decaindo, e os públicos voltaram a patamares semelhantes aos do início dos anos 1970. Até que, em 1984, a Liga Norte-Americana de Futebol se dissolveu, assim como a maioria dos clubes, incluindo o Cosmos. No entanto, a equipe arrebatou uma legião de fãs que se encantaram com as inúmeras estrelas que vestiram a sua camisa.

Com o surgimento da Major League Soccer nos anos 1990, apareceu a oportunidade para o renascimento do Cosmos. Mas o boato só viria a se tornar realidade em setembro de 2010, quando Pelé anunciou o retorno da equipe, apenas nas divisões de base. Em janeiro do ano passado, os nova-iorquinos contrataram o francês Éric Cantona como seu diretor de futebol e, na sequência, o Cosmos finalmente confirmou seu retorno às competições oficiais para 2013, em uma liga paralela à MLS. Resta saber se desta vez a equipe será capaz de reunir tantos astros quanto fez quatro décadas atrás.

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Fonte: PrimaPagina
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