Falcão eterniza o estilo futebol moleque dentro das quadras
Alessandro Rosa Vieira. O nome é desconhecido para os amantes do esporte, mas o apelido Falcão virou a marca do futebol moleque nas quadras de futsal. Os gols, os dribles rápidos, o talento no trato com a bola e as carretilhas consagraram o atleta de 35 anos, eleito por três vezes o melhor jogador de futsal do mundo na Fifa.
A origem do apelido Falcão vem do ex-jogador do Internacional e da seleção brasileira, Paulo Roberto Falcão. O pai do Falcão do futsal, João Eli Vieira, era chamado de Falcão quando atuava nos campos de várzea em São Paulo, devido à semelhança que tinha com o ex-atleta. Seu filho, que se tornaria um dos maios jogadores da história das quadras, herdou a alcunha.
A carreira do camisa 12 é repleta de títulos por clubes e pela seleção. O mais importante deles foi a Copa do Mundo de 2008, disputada no Rio de Janeiro. Na final, o Brasil ganhou da Espanha nos pênaltis, após um empate por 2 a 2. Falcão recebeu também o prêmio de melhor jogador do torneio.
O craque paulistano já rodou por diversos clubes brasileiros. Iniciou sua carreira no Guapira, passou por clubes grandes como Corinthians, Atlético-MG e Santos e defendeu equipes tradicionais do futsal, como o Banespa (SP) e o Jaraguá (SC). Atualmente defende o Orlândia, do interior paulista.
Falcão chegou a tentar a sorte no futebol de campo. Em 2005, largou o futsal para defender o São Paulo, porém acabou pouco aproveitado pelo técnico Emerson Leão, desistiu e retornou às quadras.
Nesta semana, durante a Copa do Mundo na Tailândia, o craque viveu um momento inesquecível. Recuperado de uma lesão que o tirou das primeiras partidas da competição, Falcão marcou dois gols e se tornou o herói na vitória de virada do Brasil sobre a Argentina por 3 a 2. O ala entrou em quadra debilitado pelos efeitos de uma paralisia facial que o atingiu nos últimos dias, mas se superou após o triunfo diante dos arquirrivais sul-americanos.