Familiares viajam para acompanhar jogadores nas finais no RJ
Incansável com sua pequena corneta, Lucas Imperador, 6 anos, se divertia torcendo por sua irmã Ariene, 15, zagueira do Gaúcho Futebol Feminino no jogo da semifinal contra o Coritiba Cancun. O guri estava acompanhado do pai, Mauro, comerciante de Porto Alegre que veio ao Rio para incentivar a filha em sua segunda participação no torneio.
"Ela já está na escolinha de futebol há três anos, hoje praticamente dorme com a bola no pé. Em casa sempre incentivamos e viajei para dar um força. Chegamos ontem (quinta-feira) e sábado a noite já estamos voltando", disse Mauro.
No primeiro tempo da semifinal, o Coritiba teve as melhores oportunidades, mas o jogo foi para a etapa final sem gols marcados. "O time tem que sair mais e marcar mais forte. Mas ela foi bem, além disso está muito quente hoje, é um desgaste a mais", comentou o pai coruja.
Assim como Mauro, o também comerciante João Gustavo Faria tomou o avião para ver o atacante de camisa número 8 do Garoto Revelação de Recife. "Eu disse ao Gustavo que se o time passasse da etapa de São Paulo viria a esta etapa final no Rio, eles passaram. O Gustavo além de tudo é um bom aluno, conta com nosso apoio", afirmou Faria.
Apesar da derrota do Garoto Revelação por 1 a 0 nas quartas de final para o CT Vale Esperança de Vitória no Campo 2 da Casa dos Marinheiros, Faria que assistia ao jogo com sua filha Maria Elizabeth, 15, não ficou aborrecido. "É isso: futebol tem sempre um perdedor e um ganhador, o que não pode é baixar a cabeça", disse.
Depois do apito final, Gustavo Junior, 13, veio em direção ao pai sentenciado: "Foi o pior jogo da minha vida". Insatisfeito, o jovem foi bastante autocrítico. "Acho que jogamos bem, mas perdemos muitos gols. Eu acho que hoje não cumpri bem com minha função como jogador referência no ataque", analisou.
Já no Campo 1, a semifinal feminina teve tons mais dramáticos. Apesar de ter saído na frente com um belo gol de falta da volante Rafaela Zanini, a "Pipoca", que lembrou o de Ronaldinho Gaúcho nas quartas de finais da Copa de 2002 contra a Inglaterra, o Gaúcho Futebol Feminino acabou cedendo o empate e a decisão foi para os pênaltis. Nas cobranças o time de Curitiba saiu vencedor por 6 a 5.
"Foi um jogo difícil. Ano passado fomos vice, esse ano vamos ter que brigar pelo terceiro lugar. A Adriene converteu seu pênalti e fez um boa partida" ponderou Mauro. Ainda desolada e levemente contundida, a zagueira de camisa número 5 preferiu não comentar o resultado. Apesar de um pouco menos animado que no principio, Lucas ainda não tinha apagado o sorriso do rosto.
Quer saber mais sobre a Copa Coca-Cola? Então, clique aqui e confira