Veja trajetória do zagueiro que virou sinônimo de fair-play
Não são todos os zagueiros que passam uma edição inteira de Copa do Mundo sem fazer uma falta sequer. Mais raros ainda são os que repetem o feito na edição seguinte do torneio. Por tudo isso, Carlos Gamarra colocou seu nome como um dos maiores defensores da história do futebol e mostrou que é possível ser eficiente na marcação sem ser violento.
O craque paraguaio iniciou sua carreira no Cerro Porteño, em 1991, teve uma breve passagem pelo Independiente da Argentina e depois retornou para a equipe que o revelou. Até que, em 1995, foi contratado pelo Internacional, onde seu futebol começou a despontar para o mundo.
No clube gaúcho, conquistou o estadual de 1997 e acabou acertando sua ida para o Benfica. Seu grande momento, no entanto, seria na Copa do Mundo do ano seguinte. O Paraguai alcançou as oitavas de final e foi o time que mais deu trabalho para os campeões franceses, que venceram apenas na prorrogação. A performance exemplar de Gamarra ao longo do torneio fez dele um sinônimo de fair-play e lhe valeu um lugar na seleção da Copa.
Com pouco espaço no futebol português, o craque retornou ao Brasil, desta vez para defender o Corinthians. Seu estilo de jogo limpo rapidamente conquistou os torcedores, e o zagueiro se tornou ídolo dos paulistas, conquistando um Campeonato Brasileiro e um Paulista.
Depois do título estadual, o zagueiro foi tentar a sorte no futebol espanhol e acertou com o Atlético de Madri. A equipe, porém, acabou rebaixada para a segunda divisão, e Gamarra mais uma vez desembarcou no Brasil, fechando com o Flamengo. No entanto, ele não repetiu o mesmo sucesso pelos cariocas, onde conquistou apenas a Copa dos Campeões, que valia vaga para a Libertadores.
Na Copa de 2002, o Paraguai repetiu o desempenho e foi até as oitavas de final, perdendo para a Alemanha com um gol aos 43min do segundo tempo. Mas uma vez, Gamarra se destacou por não cometer nenhuma falta no torneio.
Após o Mundial, ele se transferiu para a Internazionale, onde ganhou a Copa da Itália. Gamarra ainda fez parte do elenco que disputou a Olimpíada de 2004, quando o Paraguai faturou a medalha de prata, e também jogou o Mundial da Alemanha, mas o país caiu na primeira fase.
Em 2005, teve uma rápida passagem pelo Palmeiras, e encerrou sua carreira dois anos depois, atuando pelo Olímpia. Hoje, o craque se juntou ao ex-lateral Arce como dirigente do Rubio Ñu, que disputa a primeira divisão do Paraguai.
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