Amadorismo, família e simpatia: conheça a seleção do Taiti
A Copa das Confederações, que será disputada no Brasil, de 15 a 30 de junho, vai proporcionar ao torcedor brasileiro ter mais proximidade com uma seleção muito diferente: o Taiti. Campeão da Oceania, torneio que lhe deu possibilidade de chegar à competição, a equipe conta apenas com um profissional da bola.
Logo no desembarque dos jogadores no Brasil foi possível perceber que o dia a dia dos taitianos seria diferente. Quase todos, impressionados com a imprensa na porta do aeroporto para recebê-los, tiraram fotos e acenaram com felicidade.
Dentro de campo também é bem diferente. O Taiti não mostra tanta qualidade técnica, porém, fora dele esbanjam simpatia. Durante esta sexta-feira, logo no primeiro dia no Brasil, distribuíram autógrafos para alunos de uma escola pública da capital mineira.
A seleção conta no elenco com a única força dentro do futebol, o Marama Vahirua, único que atua em uma liga profissional entre os jogadores. Mas fora do futebol tem três professores, um alpinista, um motoboy e um estivador. Três jogadores estão desempregados no momento.
Além disso, o elenco conta com familiares em campo. Os meias Lorenzo, camisa 15, Jonathan, camisa 17, e o atacante Alvin, camisa 2 são os irmãos Tehau. Os três são primos de outro atacante, Teaonui Tehau, camisa 9.
O clima de festa é claro para os jogadores taitianos. De acordo com o goleiro, Mikael Roche, ele serve de exemplo para os estudantes de seu país. “Eu sempre falo para os meus alunos que tem que trabalhar duro para ser bem sucedido, para conseguir atingir metas e agora estou mostrando para eles que o que eu sempre disse era verdade. Estamos em festa, é um sonho para o nosso time”, avisou.
Muito bem humorado, Mikael, foi questionado se será impressionante jogar contra a seleção espanhola. Ele surpreendeu na resposta. “Talvez seja o sonho do Xavi ou do Iniesta jogarem contra mim (risos). É um sonho tudo isso aqui, estou no paraíso do futebol e espero ver muita gente, uma nova cultura, muita dança e música”, brincou.
O atacante Marama Vahirua afirmou que está contente de poder participar e ajudar a seleção taitiana. “Não passamos pelo mesmo problema que vive a seleção da Espanha, nós não vivemos pressão para ganhar. Se conseguirmos marcar gol será maravilhoso. Eu quero sempre ajudar meu país e é um prazer estar aqui com esses jogadores”, finalizou.