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Copa das Confederações

Após "veto" da Fifa, italiano fala sobre protestos e vê Brasil "muito pobre"

20 jun 2013 - 08h17
(atualizado às 08h21)
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<p>Milhares de pessoas protestaram antes da partida entre Brasil e México em Fortaleza</p>
Milhares de pessoas protestaram antes da partida entre Brasil e México em Fortaleza
Foto: Fábio de Mello Castanho / Terra

A recomendação dada pela Fifa aos jornalistas no Recife de se ater a perguntas sobre futebol acabou ignorada. Nas últimas terça e quarta-feiras, jogadores e o técnico da Itália, Cesare Prandelli, foram questionados sobre as manifestações que rondam o Brasil em entrevistas concedidas na Arena Pernambuco. A declaração que mais chamou a atenção foi a do meia Emanuele Giaccherini, segundo o qual os protestos podem ajudar para o País “muito pobre” encontrar soluções.

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"Vi ontem (terça-feira) pela TV os (protestos) em São Paulo. O que vi do Brasil é um país pobre, muito pobre, e que com essas manifestações durante esta competição está procurando encontrar soluções", disse Giaccherini.

Veja em 3D gols da virada da Itália sobre Japão:

Ele foi questionado sobre o assunto por um jornalista italiano na noite desta quarta-feira, na zona mista da Arena Pernambuco, após a vitória por 4 a 3 sobre o Japão. “Espero que as manifestações deem a possibilidade a todo o Brasil de melhorar", completou o meia da Juventus.

No último domingo, a Arena Pernambuco havia sido palco de uma polêmica referente ao mesmo assunto. Chefe de mídia da Fifa em Pernambuco para a Copa das Confederações, Leslie Dickens fez a seguinte solicitação aos repórteres ao fim da conferência de imprensa do treinador da Espanha, Vicente del Bosque: "gostaria de pedir que nas entrevistas coletivas da Fifa fossem feitas perguntas somente sobre futebol e não sobre questões políticas".

Naquela entrevista, realizada na sala de imprensa da Arena Pernambuco após a vitória do time de Del Bosque por 2 a 1 sobre o Uruguai, o técnico havia sido questionado exatamente sobre a onda de manifestações no Brasil. O espanhol preferiu não responder, falando apenas sobre futebol.

Na terça, porém, durante a primeira entrevista oficial da Fifa desde a recomendação, Prandelli foi questionado exatamente sobre o mesmo assunto por um repórter brasileiro.

Ele respondeu normalmente à questão: “vimos as imagens à noite (na segunda-feira). Em quase todas as cidades vimos muitos garotos jovens, muito estudantes. Preocupações (sobre a nossa segurança) absolutamente não temos. Parecem-me manifestações civis como na Europa. Quando são civis é preciso saber escutar e dialogar”.

Fonte: Terra
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