Uma fila de cerca de duas horas revoltou as pessoas que deixaram para este sábado a retirada dos ingressos comprados com antecedência pela internet para o jogo de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão, às 16h (de Brasília), no Estádio Nacional Mané Garrincha.
Muitos dos torcedores que estão na espera são estrangeiros ou de outras regiões do Brasil e reclamam da falta de opção para retirada dos ingressos em outras cidades. Um dos mais revoltados era o inglês Steven Collins, que mora em São Paulo há dois anos.
Fifa é xingada antes de abertura da Copa das Confederações:
“Eu acho um absurdo não ter um ponto de retirada em São Paulo. É ridículo. Eu cheguei hoje a Brasília e não tive como retirar antes”, desabafou o torcedor, que já estava a 30 minutos na fila de entrega.
Já o japonês Sekiya disse que, em comparação África do Sul, o Brasil está devendo na distribuição de ingressos. “É difícil. Cheguei só hoje ao Brasil. Estive na África do Sul e não foi assim”, afirmou o torcedor que mora em Londres.
Brasileiros de outras cidades também reclamaram da demora. Segundo Walyson Lima Pires, da cidade mineira de Araguari, a organização poderia ser melhor. “Chegue hoje às 10h. Está desorganizado. Fica mal visto para o Brasil”, opinou.
Os voluntários organizavam duas filas no local: uma de pessoas que tinha agendado a retirada para este sábado e outros sem agendamento. Apesar de a maioria das pessoas serem de fora, havia muito moradores de Brasília que deixaram para a última hora a retirada.
É o caso de Thiago Melgaço, que comprou sei ingresso em uma revenda na madrugada e desembolsou R$ 290. “Espero que valha a pena” brincou o torcedor que era o primeiro da fila às 12h45. Ele disse ter chegado por volta das 10h no local.
Voluntários estimaram em uma hora a demora para a retirada. Durante toda a semana, a Fifa demonstrou preocupação com a lenta retirada, mas disse que a falta de outros postos faz parte de uma logística estudada.
Segundo entrevista do diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, entre as seis cidades sedes da Copa das Confederações, uma média de 80% dos fãs que compraram os bilhetes residem nos próprios municípios para onde adquiriram. E que mesmo diante da falta de tempo, ele pode dar uma procuração, registrada em cartório, para que outra pessoa retire o ingresso em seu nome.
Isso refuta a tese, na opinião dele, de que a Fifa deveria disponibilizar mais postos de retiradas, inclusive em grandes centros urbanos como São Paulo, por exemplo. Os torcedores só podem retirar as entradas nas cidades sedes (Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Brasília e Salvador). "Poderíamos ter postos em São Paulo, Porto Alegre, e isso não resolveria o problema da mesma forma", salientou Weil.
Menina ficou ensanguentada durante o protesto
Foto: Celso Paiva / Terra
Polícia prende alguns manifestantes nos arredores do Estádio Mané Garrincha
Foto: Celso Paiva / Terra
Manifestantes são detidos pela polícia
Foto: Celso Paiva / Terra
Mulher recebe atendimento após o ferimento na cabeça. Manifestação contra o dinheiro gasto com a Copa do Mundo foi realizada em Brasília
Foto: Celso Paiva / Terra
Manifestantes protestaram contra o investimento na Copa das Confederações. Muitos levaram cartazes pedindo mais investimentos em hospitais e educação
Foto: Celso Paiva / Terra
Antes mesmo da abertura da Copa das Confererações, neste sábado, houve corre-corre e protestos na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília
Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press
O clima esquentou entre os manifestantes e policiais; um dos cartazes dizia "eles querem nos silenciar", em inglês
Foto: AFP
A Tropa de Choque da Polícia Militar se manteve ativa
Foto: Getty Images
A cavalaria se posicionou na frente do estádio para conter os manifestantes
Foto: Getty Images
Policiais, pilotando motos, perseguiram os manifestantes
Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press
As frases fazendo menção à educação no País foram frequentes
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Neste sábado, cerca de 2 mil pessoas se reuniram na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para protestar contra a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada, embora as manifestações tenham sido pacíficas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
As ações coincidem com a data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confereções
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A equipe entra em campo contra o Japão às 16h
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
"Põe na conta da Fifa", dizia um dos cartazes
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante se cobriu com a bandeira nacional e ofereceu flor ao bloqueio do Choque
Foto: EFE
Manifestação ocorreu horas antes de Brasil x Japão, jogo que inaugura a Copa das Confederações
Foto: EFE
"Se a robalheira não parar, o Brasil vai parar", dizia uma faixa
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Os manifestantes se definem como os "novos caras pintadas"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante oferece flor aos policiais
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Eles também se mostraram solidários aos protestos que acontecem na capital paulista, contra as novas tarifas no transporte
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Com a cara pintada, manifestante faz bolinhas de sabão
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A bandeira do Brasil aparece pintada com palavras como "repressão" e "PEC 37"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Cavalaria também foi acionada para conter os protestos
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Em cartaz, manifestante usa verso do Hino Nacional para protestar
Foto: Celso Junior / Terra
Os policiais estiveram ativos, mas não houve grandes confrontos
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Algumas pessoas apareceram usando máscaras
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Um dos manifestantes improvisou uma máscara caseira
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O protesto começou antes mesmo da abertura do evento
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou em ação na porta do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para tentar barrar cerca de 300 manifestantes que protestam contra a Copa do Mundo de 2014 na manhã deste sábado, data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O movimento "Copa pra quê?" vem ganhando força no entorno dos estádios que sediam a Copa das Conferações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Os manifestantes questionam os investimentos feitos em função da Copa das Confederações e da Copa do Mundo 2014
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Manifestante faz menção aos protetos na capital paulista contra o aumento do valor da tarifa de ônibus
Foto: Fábio de Mello Castanho / Terra
Os integrantes da ação questionam a ausência de investimento em saúde e educação
Foto: Terra
Manifestante segura cartaz com apoio aos ativistas da cidade de São Paulo, que convive com protestos nas últimas semanas contra o aumento das tarifas de metrô e ônibus
Foto: Terra
Tropa de Choque da Polícia Militar chegou a usar bala de borracha para dispersar os manifestantes
Foto: Terra
Manifestantes saíram da Esplanada e se dirigiram ao Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha)
Foto: Terra
Na manhã deste sábado, cerca de 2 mil jovens realizaram um protesto em Brasília
Foto: Dassler Marques / Terra
A ação é liderada pelo grupo "Copa pra quem?" e por outro grupo que pretende repercutir as manifestações que vêm ocorrendo em São Paulo
Foto: Dassler Marques / Terra
A princípio, o grupo se organizou via redes sociais; ele iniciaram uma caminhada pela avenida Eixo Monumental, que corta a cidade de leste a oeste
Foto: Dassler Marques / Terra
Na última sexta-feira, também ocorram protestos contra os custos com a Copa do Mundo
Foto: Dassler Marques / Terra
O primeiro jogo do campeonato acontece neste sábado, às 16h, com a partida entre Brasil e Japão no Estádio Nacional Mané Garrincha
Foto: Dassler Marques / Terra
Manifestantes seguravam faixas com frases do como: "Copa do Mundo eu abro mão. Quero dinheiro para saúde e educação"
Foto: Dassler Marques / Terra
Além disso, panfletos com logos do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) eram distribuídos pelo movimento
Foto: Dassler Marques / Terra
A manifestação é pacífica, mas a Polícia Militar acompanha a ação
Foto: Dassler Marques / Terra
Segundo os organizadores, o custo da reforma do estádio foi todo bancado pelo governo do Distrito Federal; de acordo com relatório do deputado federal Romário, os gastos superaram R$ 1,2 bilhão
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Partipantes reivindicam mais investimentos em saúde e educação: "aqui tudo é copa"
Foto: Diogo Alcântara / Terra
Manifestante utiliza máscara durante o protesto em Brasília
Foto: Reuters
Durante a manifestação, pessoas protestaram contra o dinheiro gasto nos estádios
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Mulheres levaram cartaz em inglês afirmando que o País não precisa da Copa do Mundo, mas sim de hospitais e educação
Foto: Agência Brasil
Cavalaria passa entre os manifestantes
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Este policial aceitou uma flor entregue por um manifestante. Durante os protestos algumas pessoas levam flores para simbolizar a paz
Foto: Agência Brasil
Manifestante tenta entregar rosa, mas policial recusa
Foto: AFP
Mulher ironiza e diz que os filhos doentes terão de ser levados aos estádios
Foto: Agência Brasil
Larissa Souza foi baleada na perna com um projétil de borracha durante as manifestações
Foto: Diogo Alcântara / Terra
O governo do Distrito Federal divulgou uma nota afirmando que a segurança de todo Estado estará "garantida" durante a competição