Na linha do discurso adotado por David Luiz, o atacante Hulk defendeu as manifestações realizadas em diversas cidades brasileiras ao longo das últimas semanas. Mais do que isso, o jogador que nasceu na Paraíba e tem origem humilde disse que sente até um pouco de vontade de ir para as ruas por saber que as reivindicações estão corretas.
"Eu acho que só não por eu vir de baixo e por estar em uma posição boa. Mas bate um pouco (vontade de ir para as ruas). A gente sabe destes manifestos e que eles têm total razão. O que eles querem faz sentido. Temos que dar ouvido ao manifesto. O Brasil precisa melhorar em muitas coisas. Faz sentido porque a gente sente, a gente sabe que é verdade", afirmou.
Os protestos ganharam força no Brasil depois que integrantes do Movimento Passe Livre, que lutavam contra o aumento das passagens no transporte público, entraram em confronto com a Polícia Militar em São Paulo. Desde então, a manifestação ganhou outras proporções, incluindo questionamentos a gastos públicos com a Copa do Mundo.
Neste ponto, no entanto, Hulk discorda dos manifestantes. Em sua opinião, a disputa do Mundial no Brasil é proveitosa para o País e atende à demanda de um público que gosta de futebol. Mas isso não significa que os jogadores da Seleção sejam alienados.
"Acho que o pessoal tem imagem que a gente só vive por futebol. Mas nós nos preocupamos com o que se passa fora do campo. Sabemos que eles estão certos, eles sabem que o Brasil pode dar um salto muito alto", completou.
O primeiro jogo do Brasil na Copa das Confederações, contra o Japão, ficou marcado pelos protestos do lado externo do Estádio Nacional Mané Garrincha. Um grupo já marcou para a manhã de quarta, dia em que a Seleção enfrentará o México, manifestações no entorno do Estádio Castelão.
Veja fotos da entrevista
Antes do treino no Castelão para a partida de quarta-feira contra o México, o treinador Luiz Felipe Scolari concedeu entrevista ao lado do atacante Hulk
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Felipão vem bancando Hulk no time titular do Brasil, apesar de parte da torcida pedir a entrada do meia-atacante Lucas, do Paris Saint-Germain
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Hulk, desta forma, deve seguir entre os titulares do ataque brasileiro na partida desta quarta, às 16h (de Brasília)
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Hulk se mostrou favorável à onda de protestos contra o governo que vêm ocorrendo no Brasil e no mundo nos últimos dias
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"A gente sabe destes manifestos e que eles têm total razão. O que eles querem faz sentido. Temos que dar ouvido ao manifesto", disse o atacante, que joga no Zenit, da Rússia
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"O Brasil precisa melhorar em muitas coisas. Faz sentido porque a gente sente, a gente sabe que é verdade", acrescentou o paraibano
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"Acho que a pessoal tem imagem que a gente só vive por futebol. Mas nós nos preocupamos com o que se passa fora do campo. Sabemos que eles estão certos, eles sabem que o Brasil pode dar um salto muito alto", argumentou Hulk, legitimando as manifestações
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Já Felipão preferiu não tomar partido sobre as manifestações e disse que os protestos não interferem na Seleção
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"No que podemos interferir? Trabalhamos em um setor que pode barrar ou abrir as portas para alguém? Outras áreas devem manobrar de acordo com o que acham mais correto", questionou
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Felipão ainda acredita que a Seleção não tem decepcionado a torcida brasileira nas últimas exibições
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"A Seleção é do povo. Somos povo. Acho que estamos dando ao povo e aos torcedores aquilo que eles mais querem. Ou seja, que (a Seleção) vá crescendo e possa empolgar, realmente representar o Brasil na área futebolística de acordo com os anseios da população", declarou