Horas depois da confusão que acabou transformando as proximidades do Estádio do Maracanã em uma verdadeira praça de guerra, a Polícia Militar do Rio de Janeiro promoveu uma coletiva de imprensa para explicar a ação durante os protestos de manifestantes, neste domingo. E, assim como os pronunciamentos do Governo do Estado de São Paulo sobre as manifestações ao longo de toda a semana passada, a organização garantiu: a PM agiu de forma correta na hora de conter os protestos.
"A PM não usou além da força necessária para conter as manifestações", afirmou o Coronel Frederico Caldas, porta-voz da PM fluminense. "A PM não reconhece uso ostensivo de força por parte dos policiais."
De acordo com o balanço inicial da polícia sobre os confrontos, seis pessoas foram detidas e seis artefatos apreendidos, sendo dois coqueteis molotov - o conteúdo dos outros quatro objetos não foi divulgado. O número de feridos, de acordo com a PM, é de apenas um policial
O discurso da corporação destoa totalmente daquele de manifestantes e pedestres que passavam pelos entornos do Maracanã antes e depois da partida Itália 2 x 1 México. Segundo estes, policiais usaram de violência gratuita e desnecessária, inclusive contra famílias com crianças, em meio a um protesto pacífico.
O confronto teve início no viaduto Oduvaldo Cozzi, que liga a estação de metrô São Cristovão ao Maracanã, no qual três mil pessoas protestavam contra a má administração pública no País. A polícia reagiu com violência, atacando os manifestantes com cassetetes, bombas de borracha e gás lacrimogêneo.
Após a partida, quando as Forças Armadas passaram a controlar o protesto, o clima era de tranquilidade. Enquanto os torcedores que estiveram no Maracanã partiam ao metrô, manifestantes criaram um cordão humano em volta deles e gritavam "da Copa eu abro mão, quero dinheiro para saúde e educação!".
Os gritos receberam coro do público, que também aplaudiu a atitude das pessoas de ir às ruas para lamentar as mazelas do País.
Polícia do Rio de Janeiro reprimiu manifesto nas imediações do Estádio do Maracanã neste domingo. Grupo protestava contra o abuso de gastos com a realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014
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Policiais atiram contra manifestantes jogados no asfalto
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Manifestantes fogem de confronto com policiais durante protesto no Maracanã
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Protestos foram realizados antes do jogo entre México x Itália, o primeiro da Copa das Confederações no Maracanã
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Cinco policiais agridem um manifestante
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Manifestante tenta se proteger de bomba durante o protesto
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Manifestantes vestiram a máscara do personagem V de Vingança e exibiram cartazes contra os gastos governamentais
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Grupo se ajoelhou durante a manifestação, diante dos policiais
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Policiais faziam bloqueio diante dos manifestantes
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A exemplo dos protestos ocorridos no jogo de estreia da Copa das Confederações, manifestantes pedem mais investimentos na saúde e na educação
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Manifestantes fecharam a Radial Oeste durante o protesto
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Mulher mostra cartaz afirmando que o protesto não é apenas contra o aumento no transporte público
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Manifestante mostra carta enviada a ao comandante da polícia militar
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Policiais detêm manifestante
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A exemplo dos protestos ocorridos no jogo de estreia da Copa das Confederações no último sábado, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, manifestantes protestaram neste domingo nos arredores do Maracanã; o estádio recebe México x Itália na primeira rodada do Grupo A
Foto: Celso Barbosa / Futura Press
Polícia recorreu a gás lacrimogêneo para dispersar o manifestante
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Integrante do protesto teve problemas para respirar por conta das bombas de gás utilizadas pela polícia
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Vendedor de hot dog acabou ficando no meio dos protestos
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Polícia interditou avenida
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O editor de imagens Pedro Serra, 44, foi atingido por uma bala de borracha
Foto: Monica Garcia / Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra
Fotógrafo da Agência Estado e o Globo foi atingindo por gás e, em seguida, foi parado por um guarda da Força Nacional
Foto: Monica Garcia / Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra
Pessoas passaram mal depois de serem atingidas por gás lacrimogêneo
Foto: Mônica Garcia / Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra
Ativista segura cartaz com letra de música da Legião Urbana e a marca do personagem V de Vingança
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Manifestante tapou o rosto para amenizar os efeitos das bombas de efeito moral da PM carioca
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Ativista se manifestou em espanhol
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Tropa de Choque da PM carioca negou excesso de força
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Pessoas sofrem com efeito do gás de pimenta utilizado pela PM