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Copa das Confederações

Polícia cearense aumenta alerta para jogo da Seleção por série de protestos

Partida de quarta-feira no Castelão deverá receber manifestações, assim como nos jogos realizados em Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte

18 jun 2013 - 06h47
(atualizado às 07h00)
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<p>Manifestantes vão às ruas de Fortaleza na última segunda; promessa de mais protestos na quarta</p>
Manifestantes vão às ruas de Fortaleza na última segunda; promessa de mais protestos na quarta
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Monitorando a onda de protestos que acontece em diversas cidades brasileiras, o comando da Polícia Militar do Ceará aumentou o alerta para o jogo desta quarta-feira entre Brasil e México, no Estádio do Castelão, em Fortaleza. Grupos organizam via internet manifestações nas proximidades do estádio na esteira do que aconteceu em três dos quatro jogos da Copa das Confederações.

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O tenente-coronel da PM cearense, Júlio Rocha Aquino, disse ao Terra que a princípio não aumentará o efetivo previsto para o jogo, mas que contará com um plano para emergências em que policiais destacados para outras áreas da cidade sejam remanejados em caso de urgência.

“Temos preparados há um mês o projeto já prevendo que poderia ocorrer infiltrações no perímetro da Fifa. Não vamos mexer por enquanto, mas temos planos preparados caso necessite tirar guardas da Beira-Mar, por exemplo, para reforçar o efetivo”, afirmou.

A Polícia aproveitará os bloqueios ao trânsito ao redor do estádio para controlar o acesso às pessoas. Haverá uma triagem em quatro pontos, As primeiras acontecerão nos cruzamentos da Av. Alberto Craveiro X Av. Senador Carlos Jereissati, Av. Juscelino Kubitschek X R. Eldorado, Av. Paulino Rocha X BR-116 e Av. Dedé Brasil X R. Um. Em um perímetro menor, haverá Postos de Verificação Veicular (PVV) na Av. Alberto Craveiro X R. Paula Frassinetti e Av. Paulino Rocha X Manoel de Aguiar Pontes.

Mesmo depois destes acessos, a Polícia cearense organizará linhas nos raios de 500 m e 1 km para monitorar a entrada de torcedores e possibilidade de infiltrados. O tenente-coronel diz que a orientação será de agir apenas em casos de extrema necessidade para evitar confrontos como os ocorridos no Rio de Janeiro e Brasília.

“Sim, estamos acompanhando as movimentações. Por motivos de logística não posso dizer se temos conhecimento de protestos ou não. Mas vamos entrar em ação só em casos de extrema necessidades, como obstrução de vias públicas”, explicou. Uma manifestação, denominada “+ Pão e – Circo Copa Pra Quem?” já está marcada pelo Facebook para as 10h de quarta-feira

O trabalho da Polícia, em relação a Brasília, será facilitado pelas poucas vias de acesso ao estádio. Depois de passar pelas triagens, apenas duas vias públicas irão concentrar a caminhada dos torcedores ao estádio. Na capital federal, a reportagem do Terra chegou até o portão do estádio sem nenhum tipo de verificação.

As manifestações populares no Brasil ganharam força na última semana, depois de um confronto entre a Polícia Militar de São Paulo e integrantes do Movimento Passe Livre. Desde então, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre entre outras cidades tiveram protestos, questionando entre outras coisas a realização da Copa do Mundo de 2014.

Na última segunda-feira, uma série de manifestações levou milhares de pessoas às ruas por todo o Brasil, inclusive em Fortaleza. Um grupo estimado em mais de 3 mil pessoas iniciou a passeata na Praça da Gentilândia no final da tarde em apoio ao Movimento Passe Livre. Cerca de 100 deles chegaram à porta o hotel da Seleção, onde engrossaram os protestos contra os gastos na Copa do Mundo. Todo o protesto transcorreu de forma pacifica e sem confrontos.

O hotel da Seleção já foi alvo de protestos em Goiânia, quando sindicalistas e estudantes aproveitaram a visibilidade pela passagem da delegação e contestaram a qualidade do ensino e a defasagem salarial. Com a possibilidade de bloqueios na estrada que liga Goiânia a Brasília, a CBF alterou a viagem de ônibus para avião.

Na capital federal, a Seleção ficou isolada e salva de protestos, mas no dia de sua estreia contra o Japão houve manifestações na parte externa, com o confronto entre manifestantes e a Polícia. Organizador da Copa das Confederações, a Fifa diz que a responsabilidade pela segurança é do Governo.

Fonte: Terra
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