Rússia e Nova Zelândia abrirão Copa das Confederações em São Petersburgo
Há 362 dias da Copa do Mundo, Rússia e Nova Zelândia se encontrarão neste sábado, no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, para abrir a Copa das Confederações, na que pode ser a última edição do torneio, que vem servindo de teste para o principal torneio de seleções do planeta.
O torneio que reúne o anfitrião do Mundial seguinte, no caso, os russos, o atual campeão da Copa, Alemanha, além dos seis detentores de títulos continentais, além dos neozelandeses, Portugal, Chile, México, Austrália e Camarões, é uma incógnita para o futuro, por causa do calendário de 2021, quando a competição ocorrerá no Catar.
Além disso, comercialmente e esportivamente, a Copa das Confederações sofreu grande baque neste ano, com os alemães enviando um elenco enfraquecido, para dar férias aos astros que disputaram Mundial em 2014, Eurocopa em 2016 e voltarão à Rússia no ano que vem.
Alheios a isso, os donos da casa querem superar a desconfiança gerada pelos resultados irregulares dos últimos anos. Há três anos, no Brasil, a seleção do país saiu sem uma vitória sequer, o mesmo que aconteceu dois anos depois, no torneio continental.
No ciclo que antecede a Copa do Mundo, a Rússia já está no terceiro treinador, Stanislav Cherchesov, que sucedeu Leonid Slutsky em agosto do ano passado, que por sua vez, ocupou o lugar deixado pelo italiano Fabio Capello.
O elenco tem uma mescla de veteranos e jovens, que não apresenta nenhum grande astro do futebol mundial. Talvez mais conhecido do elenco, o goleiro e capitão Igor Akinfeev sequer transmite tanta segurança, já que tem alguns "frangos" na carreira.
A zaga é renovada, com Viktor Vasin e Fyodor Kudryashov ocupando os lugares ocupados por anos por Sergey Ignashevich e Vasili Berezutski. No meio, Denis Glushakov segue sendo o motor da equipe e vem embalado, após ser fundamental no título do Spartak Moscou no Campeonato Russo, o primeiro em 16 anos.
Na armação, ganha espaço o jovem Aleksandr Golovin, de apenas 21 anos, que é do CSKA Moscou e interessa ao Arsenal. No ataque, não tão jovem, mas com espaço conquistado recentemente, estará Fyodor Smolov, de 27 anos, destaque do Krasnodar.
A principal baixa do elenco montado por Cherchesov é o atacante Artem Dzyuba, que poderia ser opção para os jogos com adversários mais fechados, que foi cortado por lesão.
Para o jogo deste sábado, a única dúvida na escalação é no setor ofensivo, entre o meia Aleksei Miranchuk e o atacante Aleksandr Bukharov.
A Nova Zelândia, por sua vez, chega para a quarta participação na Copa das Confederações, tendo como desafio conquistar a primeira vitória. Até o momento, foram oito derrotas e um único empate, contra o Iraque, em 2009. Além disso, a seleção só marcou dois gols e levou 24.
A seleção do país chega com a cabeça também nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, já que disputarão a final da Oceania com Ilhas Salomão, em 17 de agosto e 5 de setembro deste ano. O vencedor duelará com o quinto colocado das Eliminatórias sul-americanas, que neste momento é a Argentina.
O principal destaque, nome certo no time titular na estreia é o atacante Chris Wood, artilheiro da segunda divisão do Campeonato Inglês, ao marcar 27 gols com a camisa do Leeds. Outro destaque é o veterano Shane Smeltz, que, aos 35 anos, se mantém como o maior goleador da seleção em atividade, mas que deverá ser reserva.
Prováveis escalações:.
Rússia: Akinfeev; Smolnikov, Vasin, Kudryashov e Kombarov; Shishkin, Glushakov, Samedov, Golovin e Miranchuk (ou Bukharov); Smolov. Técnico: Stanislav Cherchesov.
Nova Zelândia: Marinovic; Boxall, Durante, Smith e Colvey; Lewis, McGlinchely, Thomas e Doyle; Rojas e Wood. Técnico: Anthony Hudson.
Estádio: Estádio Krestovsky, em São Petersburgo (Rússia).
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado pelos compatriotas Alexander Guzman e Cristian De La Cruz.