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Copa das Confederações

Sem substituto de Pirlo, Itália perde rumo e só ameaça na base da força

22 jun 2013 - 17h54
(atualizado às 18h16)
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A Itália chegou para enfrentar a Seleção Brasileira com duas baixas importantes de dois jogadores experientes: De Rossi, suspenso, e Pirlo, lesionado. A ausência do segundo com certeza era a mais sentida. O veterano Pirlo é a cabeça pensante dessa equipe e, sem ele, Cesare Prandelli tentou usar Montolivo para ser esse ponto de desequilíbrio.

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Os italianos, porém, não contavam que o destino lhes pregaria uma peça logo no começo da partida. Aos 26min do primeiro tempo, Montolivo sentiu contusão e Prandelli teve de se desdobrar para reformular a equipe. Colocou Giaccherini, uma opção mais ofensiva e de correria, não uma cabeça pensante.

<p>Montolivo, que teoricamente faria a função de Pirlo, se lesionou no primeiro tempo</p>
Montolivo, que teoricamente faria a função de Pirlo, se lesionou no primeiro tempo
Foto: Ricardo Matsukawa / Brasil x Itália

Essa função acabou caindo para Aquilani, mas os italianos sofriam para fazer uma troca de passes decente. Coube a tentativa dos lançamentos longos para encontrar a força física de Balotelli para fazer o pivô. Isolado, o polêmico camisa 9 sofria e parecia que estava em uma "ilha deserta" com defensores brasileiros por todo lado.

O Brasil, com isso, foi dominando as ações do jogo. Abriu 1 a 0 com Dante, expondo mais uma vez a fragilidade da defesa italiana, que não viu a sobra em cobrança de escanteio. Usando Balotelli, os italianos reagiram e conseguiram chegar ao empate em um dos raros pivôs em que o centroavante conseguiu dar sequência na jogada.

O camisa 9 escorou de calcanhar e aproveitou a velocidade de Giacherinni contra Marcelo. O rápido italiano bateu cruzado e igualou o marcador. O Brasil, em seguida, retomou o domínio do jogo, após Neymar acertar bela cobrança de falta. Com Fred, então desaparecido na Copa das Confederações, a equipe verde e amarela chegou ao terceiro gol, em nova falha da zaga italiana, que deixou Chiellini no mano a mano com o centroavante brasileiro.

Sem poder criativo, a Itália voltou a usar a força física como arma para incomodar o Brasil. A tática virou lançamento para frente apostando na velocidade de Giaccherini e El Shaarawy, que entrou na segunda etapa. A ameaça surtiu um certo efeito, principalmente após o segundo gol marcado por Chiellini.

Prandelli apostou nos espaços deixados por Daniel Alves e Marcelo, mas não conseguiu nem de longe repetir o bom segundo tempo que fez no amistoso que terminou em empate por 2 a 2, em março deste ano. Precisando da vitória, os italianos se abriram e viram Fred marcar mais um e decretar o 4 a 2 para o Brasil.

A equipe sai de Salvador com o gosto amargo de ter de encarar a campeã do mundo Espanha nas semifinais. A partida, ao menos, pode servir como uma revanche aos comandados de Prandelli. Afinal, a Espanha acabou com o sonho do título da Eurocopa no ano passado, vencendo a final por 4 a 0.

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Fonte: Terra
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