Copa do Mundo 2018: tudo o que você precisa saber em 5 gráficos
Quem foram os maiores artilheiros? Quem tem mais chance de entrar nessa lista na Rússia? Quem nunca perdeu disputa de pênaltis? Aumente seu conhecimento para a Copa.
Quinta-feira começa a Copa 2018, na Rússia. Você está preparado? Está por dentro dos recordes que podem ser batidos? Está a par de trivialidades curiosas para citar quando estiver assistindo aos jogos com amigos?
Pois não tema, a BBC News Brasil está aqui para ajudar:
1. Quais os grandes campeões da Copa do Mundo?
O Brasil é o país com mais títulos. É pentacampeão. A última vitória foi em 2002. O Brasil foi sede da Copa em 2014, mas perdeu por 7 a 1 numa humilhante semifinal para a Alemanha, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Nenhum país fora da Europa ou da América do Sul já conquistou uma taça. As vitórias da Alemanha, no último torneio, da Espanha em 2010, e da Itália em 2006, fez com que países europeus acumulassem um total de 11 títulos. Os países sul-americanos têm nove no total.
2. Quem marcou mais gols?
A Alemanha é uma máquina de fazer gols. Miroslav Klose balançou a rede 16 vezes em quatro copas. Ele pendurou as chuteiras em 2016, mas vai à Rússia como integrante da delegação técnica da Alemanha.
Ronaldo Fenômeno é o segundo maior artilheiro da história das Copas. Marcou 15 gols, sendo oito deles em 2002.
O francês Just Fontaine, contudo, é dono do título de maior artilheiro numa única competição. Fez 13 gols em seis jogos em 1958, na Suécia.
3. Quem são os jogadores que chegam à Copa com boas chances de entrar na lista dos grandes artilheiros do torneio?
Dos jogadores que marcaram 10 ou mais gols em mundiais, apenas o atacante alemão Thomas Müller vai jogar na Rússia.
Para se igualar ao compatriota Klose, Muller, no entanto, precisa quebrar seu próprio recorde de cinco gols numa Copa.
Outro jogador com boas chances de subir na lista é o colombiano James Rodriguez, escolhido pela Fifa como melhor jogador da Copa de 2014, em que fez 6 gols.
O mexicano Rafael Márquez é o único zagueiro na lista de artilheiros. Ele vai para sua quinta competição e tem o mesmo número de gols que Cristiano Ronaldo, o CR7: ambos balançaram as redes três vezes.
4. As seleções já não chutam tanto quanto antes
Na última Copa, o número de chutes a gol foi o menor por partida desde 1966, primeiro ano que essa estatística foi contabilizada.
Apesar disso, a média de 2,7 gols em cada jogo foi a maior desde a Copa na Espanha, em 1982.
A queda nos chutes a gol também se refletiu nas finais. Em 2014, foram dados 20 chutes a gol nos 120 minutos de partida entre Alemanha e Argentina. Em 1966, tinham sido 77 chutes, também em 120 minutos de partida, entre Inglaterra e Alemanha Ocidental.
Houve uma redução também no número de chutes de meia distância. Na final de 1966, na Inglaterra, o número de chutes fora da área foi duas vezes maior que os disparados de dentro da área. Já em 2014, os 20 chutes da final foram, em sua maioria, de dentro da área onde está a marca do pênalti.
5. A Inglaterra pode não ser a favorita, mas há predominância de atletas que jogam na Premier League
Desde sua primeira e única vitória em 1966, a Inglaterra só passou das quartas de final uma vez. Mas o baixo desempenho da seleção inglesa não reflete a força de seu campeonato, que atrai craques do mundo todo.
A Premier League é o torneio que mais forneceu jogadores para a Copa, mesmo que o meia Fàbregas e o lateral esquerdo Marcos Alonso (esses dois últimos da Espanha), dois jogadores do Chelsea, e o meia do Manchester City Leroy Salé (Alemanha) tenham ficado de fora da lista de convocados de seus respectivos países.
Quando os jogadores das seleções para a Copa foram anunciados, 130 deles estavam em ligas inglesas. Outros 81 estavam jogando na Espanha e 67 na Alemanha.
O Uruguai, Panamá, Arábia Saudita e Rússia são os únicos países que não chamaram para a seleção atletas que jogam na Inglaterra.
E a Inglaterra também se destaca como sendo o único país onde todos os 23 convocados são de times que disputam o campeonato do próprio país. A Suécia e o Senegal, no entanto, estão no outro extremo: são as únicas seleções que não contam com nenhum jogador que disputam as ligas nacionais.
6. O que acontece com quem joga em casa?
As duas vezes em que o Brasil sediou o mundial terminaram de forma dramática. Em 1950, o Uruguai calou o Maracanã e, em 2014, a derrota histórica para a Alemanha - o inesquecível 7 a 1 - ainda é alvo de piadas e vergonha nacional.
A maioria dos países tem um desempenho melhor quando jogam em casa - muitos conseguem, com apoio da torcida, avançar para fases posteriores. A Rússia quer manter esse histórico e sair, ao menos na primeira fase, vitorioso do grupo em que estão Egito, Uruguai e Arábia Saudita.
Se conseguir, deixarão a África do Sul como única seleção anfitriã eliminada ainda na primeira rodada.
7. Nos pênaltis
Nenhuma Copa do Mundo tem graça se não tiver pelo menos uma disputa por pênaltis para desempatar uma partida.
A Alemanha jamais perdeu uma disputa de pênaltis em Copas - ganharam todos os quatro duelos em que participaram.
A Inglaterra, por sua vez, é uma das seleções que mais amargou derrotas nos pênaltis. Perderam as três que enfrentaram.
A Itália também já foi eliminada três vezes, a mais cruel em 1994, quando perdeu a final para o Brasil nos EUA com a cobrança de Roberto Baggio - que mandou a bola para muito além do travessão.
Mas em 2006, novamente numa final, os italianos derrotaram a França na disputa por pênaltis da Copa na Alemanha.
Gráficos: Joy Roxas and Sandra Rodriguez Chillida