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Copa do Mundo

Em alerta por hooligans, Inglaterra e Colômbia decidem vaga às quartas

Partida que acontece nesta segunda-feira, às 15 horas, em Moscou, define último classificado

3 jul 2018 - 05h06
(atualizado às 05h06)
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Eles foram apenas a décima primeira torcida em número de ingressos vendidos antes de a Copa do Mundo começar, com 32.363 bilhetes, mas ainda provocam um certo receio onde sua seleção joga. Nesta terça-feira, chegou a vez da capital Moscou receber uma partida da Inglaterra, contra a Colômbia, pelas oitavas de final do torneio. A expectativa é alta - cerca de sete mil ingleses deverão desembarcar na cidade para acompanhar o confronto que começa às 15 horas (de Brasília). Entre eles, os hooligans.

Para conter qualquer tipo de violência, as autoridades de segurança de Moscou já aumentaram o efetivo policial nos principais pontos da cidade. Ontem, por volta das 12h, um grupo de cerca de cem torcedores ingleses caminhava em um dos túneis do metrô próximo à estação Okhotny Ryad, que dá acesso à Praça Vermelha. Se debaixo da terra eles cantavam e encaravam os usuários do transporte público, logo depois de subir a escada, pelo menos 30 soldados russos com armas em punho os esperavam. Todo mundo ficou quieto. E nenhum deles topou conversar com a reportagem.

"Eu esperava ver muito mais ingleses por aqui, mas até agora parece que vi muito mais meus compatriotas", afirmou ao Estado a colombiana Alejandra Garcia, que estava com um grupo de amigos em um bar perto da Praça Vermelha para acompanhar o jogo entre Brasil e México. "O problema é que os poucos ingleses que vimos no metrô nesses dias ficaram nos encarando. Algo que é para ser uma festa eles tentam transformar em um cenário amedrontador", lamentou a moça.

A relativa calmaria dos hooligans ingleses (ou dos ultras russos, ou ainda de qualquer outro grupo de torcedores violentos) no Mundial da Rússia tem seus motivos. Entre eles estão a forma como o governo de Vladimir Putin resolveu tratar o assunto. A ordem é para que não exista nenhuma tolerância com atos de violência durante a Copa.

Para aumentar o respaldo às Forças de Segurança, a legislação russa para a Copa do Mundo prevê punições que podem chegar a até cinco anos em regime fechado para quem for condenado por um tribunal do país por vandalismo, caso em que se enquadra as brigas no futebol.

"Só se o cara for muito maluco para querer brigar aqui, bem em Moscou, durante o Mundial de futebol", brincou o russo Evgene, que passeava com a família próximo à Catedral de São Basílio - todos têm ingressos para ir ao jogo hoje no estádio do Spartak. "A cidade mudou completamente para receber esse evento, está toda vigiada. Acho que não vai ocorrer nenhum problema ou confusão", diz.

Outro fator inibidor da presença de ingleses querendo briga é o recente impasse político entre os dois países. Em maio, os britânicos acusaram a Rússia de ter envenenado Serguei Skripal, um espião russo que delatou dezenas de agentes do Kremlin para o Reino Unido. Diplomatas acabaram expulsos dos dois países em consequência disso. Outro problema recente foi a crise na Crimeia, território que era ucraniano e que foi anexado à Rússia por Putin.

Em um Mundial recheado de surpresas, Colômbia e Inglaterra querem aproveitar o embalo para ficar entre as oito melhores seleções do planeta. Do lado colombiano, o experiente atacante Falcao García avisou que o grupo tem "uma grande chance nas mãos" e que os atletas sabem que possuem "armas e capacidade" para vencer. James Rodriguez ainda é dúvida.

Entre os ingleses, o lateral-esquerdo Ashley Young lembrou que seu time "tem a chance de entrar para a história", mas que "é preciso respeitar" o adversário. A esperança da Inglaterra está depositada em Harry Kane. O atacante é o artilheiro da Copa do Mundo até aqui com cinco gols.

Estadão
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