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Copa do Mundo

Contra a Bélgica, Brasil reencontra carrasco Henry

Campeão em 1998 e autor do gol que eliminou Brasil em 2006, atacante é a arma da Bélgica por uma mentalidade vencedora

3 jul 2018 - 07h01
(atualizado às 07h56)
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O embate entre Brasil e Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo, em Kazan, às 15h da próxima sexta-feira, terá um contorno especial, em particular no banco de reservas. Carrasco da Seleção Brasileira, o ex-jogador de futebol francês Thierry Henry, agora auxiliar técnico dos belgas, tentará usar sua mentalidade vencedora para manter vivo o sonho de um inédito título para a tão badalada geração do país. Para isso, terá de passar pelos "mentalmente fortes" canarinhos de Tite.

Na história, Henry disputou quatro Copas do Mundo pela França. Venceu a Seleção Brasileira, então comandada por Zagallo, na final de 1998 (não entrou em campo na decisão, mas estava no grupo). Depois, em 2006, fez o gol do 1 a 0 que eliminou o Brasil de Carlos Alberto Parreira justamente nas quartas de final. Em tal edição do Mundial, os franceses ficaram com o vice-campeonato e os italianos conquistaram o tetra. Agora, a missão de Henry é justamente ensinar os belgas a vencerem.

"Thierry teve um grande papel. Ele tem a experiência de ter vencido uma Copa do Mundo, e isso não tem preço para nós. Vamos ter que romper barreiras psicológicas e ele nos ajuda muito nisso", havia dito o meia Witsel, antes de começar as oitavas de final da Copa do Mundo.

O trabalho de Henry na seleção belga é fruto de uma parceria com o espanhol Roberto Martínez, o técnico de nomes como Eden Hazard e Kevin De Bruyne. O trabalho em conjunto com auxiliares não é uma exclusividade de Martínez. Pelo contrário. Contra a Seleção Brasileira encontrará um Tite rodeado de vozes que o ajudam a ler jogos e adversários.

Algo incomum para outros técnicos e muito comum para o treinador da Seleção Brasileira tem se repetido nesta Copa do Mundo: os auxiliares Cleber Xavier e Sylvinho direto estão ao lado de Tite em entrevistas coletivas, ratificando o importante papel que têm no Brasil, embora não sejam nomes tão badalados como Henry.

Eles, assim como os outros membros da comissão de Tite, são fundamentais na construção da mentalidade forte que habita a atual Seleção Brasileira. O grupo fechado, o controle psicológico e a entrega física durante os jogos são algumas das armas brasileiras sob o comando do paizão Tite.

Uma fortaleza mental pentacampeã, de defesa sólida e ataque oportunista e letal, que terá pela frente uma promissora geração em busca de dar a Henry um pedacinho a mais da história das Copas. A virada contra o Japão, nas oitavas de final, mostrou que a mentalidade, de fato, parece ter se transformado.

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