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Copa do Mundo

Embaixador vê saldo positivo nas relações Brasil-Rússia após Copa do Mundo

Antonio Luis Espinola Salgado aposta no aumento do número de turistas brasileiros no país

14 jul 2018 - 05h12
(atualizado às 05h12)
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Antonio Luis Espinola Salgado, embaixador do Brasil na Rússia, vê um saldo positivo para a relação entre os dois países ao final da Copa do Mundo. O Estado visitou nesta sexta-feira a representação brasileira em Moscou e conversou com o diplomata. "Acredito que agora que todos viram como de fato é a Rússia, mais turistas brasileiros vão procurar conhecer esse país incrível", afirmou Salgado, que ainda comentou sobre o caso de torcedores do País que cometeram assédio contra russas durante o torneio. "Foi muito ruim, mas estamos aqui para resguardar o direito deles, caso seja aberto algum inquérito."

Segundo a embaixada, mais de 26 mil brasileiros saíram do País para acompanhar a Copa do Mundo na Rússia. O número de Fans ID's concedidos a cidadãos do Brasil é maior, cerca de 35 mil - a diferença corresponde ao número de brasileiros que partiram de outros países. Cerca de 300 brasileiros moram em Moscou - em todo país são mais de 1.300, a maioria, estudantes.

Durante o Mundial, os principais problemas envolvendo brasileiros foram a perda do cartão migratório (documento recebido no aeroporto) e do passaporte. Entre os casos curiosos, está o de um torcedor detido por pilotar um drone - os drones são proibidos em várias partes da Rússia. O caso acabou resolvido de forma amigável.

A embaixada brasileira, junto com a Embratur, entrou na campanha para incentivar a ida de turistas russos ao Brasil, chamada Happy by Nature (Felizes por Natureza). "Tenho certeza de que a Copa do Mundo, a festa dos brasileiros por aqui, vai ajudar", contou Salgado, que foi em quase todos os jogos da seleção na Rússia.

O embaixador se disse entristecido pelo episódio de assédio sexual cometido por brasileiros contra torcedoras russas na Copa, mas afirmou não caber à embaixada julgar o caso. "Nós somos representantes do País, não o Ministério Público russo. Caso seja aberto um inquérito, cabe a nós garantir que eles tenham direito a ampla defesa para que nenhum de seus direitos lhe sejam tirados."

Estadão
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