Premiação da Copa feminina triplica, mas ainda é 35% menor do que a do Mundial masculino
Mesmo com crescimento de 300% desde a última edição, o valor do prêmio se mantém desigual; veja como premiações serão distribuídas
A Copa do Mundo de 2023 promete ser a maior edição de Mundiais femininos até hoje. Com maiores investimentos, a premiação em dinheiro também será a maior da história. A Fifa anunciou que o valor total aplicado é de US$ 150 milhões (cerca de R$ 722 milhões na cotação atual).
Embora os valores pareçam altos --três vezes maior do que o de 2019 e dez vezes mais do que o de 2015--, ainda não se comparam com as premiações da Copa masculina. Este ano, mesmo com o alto investimento da Fifa, o montante é quase 35% menor do que o da Copa do Mundo do Qatar, em 2022, onde foram distribuídos US$ 440 milhões (aproximadamente R$ 2,11 bilhões).
A seleção campeã deste ano irá receber US$ 16 milhões (R$77 milhões), enquanto os campeões do ano passado levaram para casa mais que o dobro: US$ 42 milhões (R$196 milhões).
Uma desigualdade que é histórica. A Fifa só começou a remunerar as equipes femininas a partir da quarta edição da Copa do Mundo, em 2007, com uma premiação no valor de US$ 6 milhões (R$ 28,84 mi). Uma ano antes, no Mundial de 2006, o valor total da edição masculina foi de US$ 370 milhões (R$ 1,7 bi).
Mas, apesar das diferenças, pela primeira vez na história, cada uma das 736 jogadoras que disputarão o Mundial irão receber uma premiação individual. O valor varia entre US$ 30 mil (R$ 144 mil) para quem sair na primeira fase e US$ 270 mil (R$ 1,2 milhão) para as integrantes da seleção campeã.
Segundo o último relatório financeiro do futebol feminino da Fifa, o valor mínimo representa mais que o dobro do salário médio de uma jogadora profissional em 2022, que é de US$ 14 mil (R$ 67 mil).
Ao falar sobre o progresso do Mundial de 2023, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse que essa é uma “jornada histórica pelo futebol feminino e pela igualdade” que “nos levará a um caminho para a igualdade salarial”.
Do valor total, US$ 110 milhões (R$ 529 milhões) serão pagos às jogadoras, US$ 11,3 milhões (R$ 54 milhões) para os clubes e US$ 30,7 milhões (R$ 144 milhões) para a preparação no torneio.
A Copa do Mundo Feminina começa na próxima quinta-feira, 20, com o jogo de abertura entre Nova Zelândia e Noruega, a partir das 4h (horário de Brasília). O Brasil estreia dia 24, às 8h, contra o Panamá.