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Copa Sul-Americana já aparece no horizonte do Botafogo

Artur Jorge é, hoje, o Luís Castro de março de 2022. A curto prazo, missão do novo técnico, além da Sula, é manter o time na Série A do BR-2024

4 abr 2024 - 02h27
(atualizado às 14h44)
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Foto: Vitor Silva/Botafogo - Legenda: Botafogo e o seu futebol feio de doer. Time sem sangue no Niltão / Jogada10

A Copa Libertadores-2024 acabou para o Botafogo. Há duas semanas, adiantamos que o Alvinegro passava longe dos favoritos da competição. O time, no entanto, superou o prognóstico pessimista da coluna e entregou uma exibição vergonhosa na derrota para o Junior Barranquilla por 3 a 1, na quarta-feira (3), pela rodada inicial da fase de grupos do torneio. Parecia o Manchester City treinando contra um time sub-15 do interior da Inglaterra. Constrangedor é eufemismo. Impossível acreditar em uma equipe acéfala no meio de campo, cuja única jogada é o beque lançando bolas ao ataque, meio ao deus-dará.

O Botafogo passou um recado ao continente: não tem a mínima condição de manter-se na Libertadores agora. As quatro próximas rodadas serão, portanto, para buscar uma vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, um dos objetivos do técnico Artur Jorge. Na lanterna, o Alvinegro tem uma jornada a menos que os demais postulantes. Alguém acredita que o time de Halter, Ponte, Hugo e o moribundo Eduardo conseguirá tirar pontos da LDU, no Casablanca, em plena altitude de Quito? Só mesmo em caso de hecatombe planetária. Caso perdido. Ponto final.

Humilhado na própria casa, o atual bicampeão da Taça Rio, aliás, tem contas a acertar com a Sula. Afinal, certo ou errado, em 2023, o clube abandonou o torneio para protagonizar o maior vexame de sua história, no Campeonato Brasileiro. E, neste ano, não vai ser nada fácil dividir um mata-mata com Racing, Boca Juniors, Internacional, Corinthians, Fortaleza e Paranaense.

Missões a curto prazo no Botafogo

Artur Jorge é, hoje, o Luis Castro de março de 2022. Antes de abraçar o vil metal dos petrodólares da ditadura saudita, o primeiro técnico da era SAF teve que trabalhar com Kanu, Oyama, Chay, Vinícius Lopes e Diego Gonçalves, jogadores ideais somente para uma Série B. Neste período, enfrentou oscilações e soube triunfar. O novo treinador do Botafogo pega, agora, um elenco melhor, porém, ainda extremamente desequilibrado.

A curto prazo, Artur tem outra missão além da Sul-Americana: manter o Botafogo na Série A do Brasileirão, sem susto, para, enfim, começar um trabalho desde a pré-temporada, em 25. John Textor apertou um botão reset em plena temporada corrente e deu de ombros para a Libertadores ao não iniciá-la com um treinador.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10

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