Copa Verde sobrevive graças a Remo e Paysandu
A Copa Verde chega à fase final depois de dois meses e meio de disputa e deixa claro, mais uma vez, que a competição só é viável por causa da presença das duas maiores forças da Região Norte – Paysandu e Remo. Sem eles, a média de público por jogo sofre uma queda acentuada.
Até o momento, em 17 partidas realizadas sem os dois clubes do Pará, apenas 11.154 pessoas pagaram ingresso. Isso representa média de 656 torcedores por partida. Com Remo e Paysandu, esse número triplicaria.
Nos seis jogos disputados em que um dos dois esteve em campo, houve 29.391 pagantes.
Para as duas semifinais, já estão classificados Luverdense-MT e Santos-AP, que eliminou o Remo na segunda-feira (3). Na noite desta terça, o Paysandu tem a vantagem do empate, em confronto em casa com o Águia de Marabá, para seguir na competição. Na quarta (5), Rondoniense (RO) e Luziânia (DF) decidem a outra vaga.
A Copa Verde teve sua primeira edição em 2014, vencida pelo Brasília. No ano seguinte o título ficou com o Cuiabá, e, em 2016, com o Paysandu. Atualmente, tem a participação de 18 clubes, das Regiões Norte e Centro-Oeste e ainda do Espírito Santo. O campeão ganha o direito de uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil.
O pouco interesse do torcedor pelo torneio fica evidente quando se confere o borderô de alguns jogos. A Arena Pantanal, palco da Copa do Mundo, recebeu, por exemplo, apenas 146 pessoas para assistir ao empate do Cuiabá com o Rondoniense (1 a 1) em 19 de março. A renda do jogo foi de R$ 2 mil. Dias antes em outro cenário do Mundial, o Fast Club derrotou o Santos-AP (1 a 0) diante de 138 torcedores na Arena da Amazônia, com renda de R$ 1.380,00.
Apesar de chancelada pela CBF, quem realmente dá suporte para a Copa Verde é o Esporte Interativo, dono dos direitos de transmissão dessa competição e também da Copa do Nordeste, esta sim um sucesso de público.
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