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Corinthians e São Paulo contratam para fazer frente a rivais

Rivais são protagonistas na janela de transferências para tentar brigar com os concorrentes abastados

1 set 2021 - 05h10
(atualizado às 07h52)
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A janela de transferências no Brasil para contratações provenientes do exterior fechou na segunda-feira, às 23h59. Corinthians e São Paulo se destacaram na reta final e, apesar das dívidas com cifras astronômicas, investiram em reforços para tentar fazer frente a Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo no Campeonato Brasileiro.

Foto publicada pelo Arsenal ao confirmar a rescisão de contrato de Willian com o clube
Foto publicada pelo Arsenal ao confirmar a rescisão de contrato de Willian com o clube
Foto: Reprodução/@arsenal.com

Após fechar com Giuliano, Renato Augusto e Roger Guedes, o Corinthians confirmou o retorno de Willian. A contratação dos reforços que empolgaram os torcedores foi possível, segundo o clube, por uma mudança de planejamento. O Corinthians dispensou do ano passado para cá mais de 30 jogadores, entre eles nomes que não deixam saudade, como Cazares, Otero, Jonathan Cafu, Richard e Michel Macedo. As saídas geraram uma boa redução na folha salarial e possibilitaram as contratações de nomes de peso que estavam disponíveis no mercado e que abriram mão de dinheiro para rescindir com seus clubes.

"A gente começou com um planejamento desde o início da gestão, reduzindo a folha de pagamento, saídas, empréstimos. Reduções também dentro do clube. De imediato, temos uma redução de 20% em todos os departamentos. No futebol, ainda maior. Para chegar esse momento de oportunidades e reforços", explicou o presidente Duílio Monteiro Alves, em entrevista ao SporTV. "Nosso departamento trabalhou muito bem com esses atletas nesse momento de crise, que não é só no Corinthians, tudo dentro do orçamento, bem planejado e sem irresponsabilidade, como a gente tem escutado muito."

De acordo com o balanço financeiro do Corinthians de junho, os gastos com futebol foram de R$ 165,6 milhões nos primeiros seis meses do ano. Em 2020, até junho, o departamento havia consumido R$ 221 milhões. Os gastos com a folha salarial, até junho do atual exercício, foram de R$ 103,5 milhões. No ano passado, fechou com gastos em R$ 188 milhões.

O clube apresentou saldo positivo neste semestre, de R$ 394 mil. Em 2020, esse saldo também era positivo, de R$ 4,39 milhões na primeira metade do ano. O receio dos conselheiros é que no segundo semestre aconteça o mesmo que no ano passado. Que os salários desses novos reforços tenham grande impacto nas receitas e o clube volte a fechar no vermelho, como tem acontecido de 2016 para cá. Em 2020, ficou com déficit de R$ 123 milhões.

A conquista de títulos, no entanto, é o desejo do torcedor, que ficou confiante com os novos reforços. A equipe de Sylvinho venceu os últimos três jogos, está na sexta posição e, se otimismo fora de campo se refletir dentro, o time pode brigar pelas primeiras posições no segundo turno do Brasileiro.

O mesmo sentimento tem o torcedor do São Paulo. A diretoria trabalhava para reforçar o elenco há algum tempo e conseguiu efetivar duas contratações no último dia: Gabriel Neves e Jonathan Calleri. Apesar disso, o time tricolor vive o mesmo problema do Corinthians. O clube está trabalhando para reduzir os gastos, mas sua dívida atualmente está em torno de R$ 600 milhões. Não à toa, ambos chegaram em uma negociação por empréstimo até o final de 2022.

A torcida ficou empolgada principalmente com o retorno do argentino, após cinco anos, para formar dupla de ataque com Rigoni. O problema é que os dois só podem jogar o Brasileirão. As inscrições para a Copa do Brasil - o time de Hernán Crespo decide com o Fortaleza uma vaga na semifinal - se encerraram no dia 24 de agosto. Na competição por pontos corridos, o clube está distante das primeiras colocações. Soma apenas 22 pontos e está em 12.º.

Apesar do otimismo de corintianos e são-paulinos pelo último dia da janela Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo continuam como favoritos, até porque também se movimentaram para reforçar ainda mais os já qualificados elencos.

Estadão
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