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Crimes discriminatórios nos estádios de futebol do Brasil cresceram 70% em 2019

Rio Grande do Sul foi o Estado com mais denúncias, logo à frente de São Paulo e Rio de Janeiro

9 abr 2020 - 22h10
(atualizado em 10/4/2020 às 09h28)
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O número de crimes discriminatórios nos estádios de futebol do Brasil cresceram 70% de acordo com o novo levantamento feito pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Os números mostram que apesar do protocolo adotado pela Fifa e pela CBF, em 2018, prever punição aos clubes diante dessas ações, as medidas não têm mostrado efeito diante dos torcedores. O levantamento inclui casos de racismo, machismo e homofobia nos estádios do País. O salto entre 2018 e 2019 é de 62 casos. Apenas na temporada passada foram 150 ocorrências, contra 88 do ano anterior. O relatório ainda informa que o crescimento maior é de racismo.

No caso dessas ações, os clubes podem ser multados e até perder pontos em competições. O protocolo da CBF se baseia no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que determina punições para "práticas ou ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

De acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, os casos estão espalhados por 16 Estados brasileiros, sendo o Rio Grande do Sul com o maior número de ocorrências, 17. Na sequência estão São Paulo e Rio de Janeiro.

Estadão
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