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Contratos foram assinados antes da era Marin, diz Del Nero

27 mai 2015 - 11h18
(atualizado às 11h43)
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Atual presidente da CBF, Marco Pollo Del Nero compareceu à sede da Fifa, nesta quarta, para uma reunião entre os membros da Conmebol. Em meio à propagação do escândalo de desvio de verba, que culminou na prisão de sete dirigentes, entre eles José Maria Marin, o mandatário admitiu que o envolvimento de seu vice na polêmica de corrupção é péssimo para a imagem da maior entidade do futebol brasileiro, mas esboçou uma defesa do aliado dizendo que os contratos em vigor na entidade foram assinados ainda na era Ricardo Teixeira.

Na saída da reunião, Del Nero foi assediado pelos jornalistas e, economizando nos argumentos, isentou-se de qualquer responsabilidade sobre a assinatura de contratos superfaturados e desvio de verbas. De acordo com o presidente da CBF, tudo precisa ser esclarecido.

"Os contratos foram assinados antes da administração do Marin. Tudo tem que ser analisado, tem que saber a conduta, ainda não tenho a menor ideia. Temos que saber o que se passou primeiro. Isso não é bom para a CBF, é péssimo", falou.

Del Nero e José Maria Marin juntos... esboço de defesa entre aliados
Del Nero e José Maria Marin juntos... esboço de defesa entre aliados
Foto: Alexandre Loureiro/Fifa / Getty Images

Com apoio declarado à Joseph Blatter, que está no comando da Fifa desde 1998 e concorre à quinta reeleição, Del Nero se esquivou de algumas acusações. Ao ser perguntado sobre o envolvimento nos contratos com a Nike, outro desdobramento da investigação, que pressupõe uma ligação escusa entre a CBF e a principal fornecedora de material esportivo da Seleção, o presidente afirma que "era presidente da Federação Paulista" e "não sabia de nada".

Del Nero assumiu a presidência da CBF em abril deste ano em substituição a Marin, que herdou o cargo após a renúncia de Ricardo Teixeira em 2012 por ser o vice-presidente da entidade mais velho. 

Além de José Maria Marin, foram presos em Zurique nesta quarta Jeffrey Webb, presidente da Concacaf e vide da Fifa; Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica; Julio Rocha, ex-funcionário da Federação da Nicarágua; Costas Takkas, ex-dirigente da Federação das Ilhas Cayman; Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol; e Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuela de Futebol.

Operação prende Marin e mais seis executivos da Fifa:
Lista dos 14 acusados na investigação de corrupção na Fifa
Alejandro Burzaco 50 anos argentino executivo
Aaton Davidson  44 anos americano executivo
Rafael Esquivel 68 anos venezuelano presidente da Federação Venezuelana de Futebol
Eugenio Figueredo 83 anos uruguaio ex-presidente da Conmebol
Hugo Jinkis 70 anos argentino executivo
Mariano Jinkis 40 anos argentino executivo
Nicolás Leoz 86 anos paraguaio ex-presidente da Conmebol
Eduardo Li 56 anos costarriquenho presidente da Federação de Futebol da Costa Rica
José Margulies 75 anos brasileiro executivo
José Maria Marin 83 anos brasileiro ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol
Julio Rocha 64 anos nicaraguense presidente da Federação Nicaraguense de Futebol
Costas Takkas 58 anos caimanês braço-direito do presidente da Conmebol
Jack Warner 72 anos trintino ex-presidente da Concacaf
Jeffrey Web 50 anos caimanês vice-presidente do comitê executivo da Fifa
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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