Derrota a Del Nero? CBF mantém Delfim como "1º sucessor"
Várias federações estaduais impuseram uma derrota à CBF ao rejeitarem mudanças imediatas na linha de sucessão da entidade. A intenção do presidente Marco Polo Del Nero era tirar de cena Delfim Peixoto, o vice mais idoso da CBF e, por isso, o seu substituto natural em caso de vacância da presidência. Mas, na assembleia geral realizada esta manhã, na sede da confederação, no Rio, a CBF mudou a estratégia e não trouxe o assunto à tona. Com isso, Delfim, de 74 anos, permanece com a prerrogativa.
Na segunda-feira, o secretário geral da CBF, Walter Feldman, havia deixado claro que o tema seria prioritário na assembleia desta quarta. Hoje, ele tentou explicar o recuo. "Causou mais problemas ao debate. Neste momento, mensagens negativas não podem se sobrepor às mudanças positivas", declarou.
Somente a partir do próximo mandato (que começará em 2019) haverá alterações na composição da diretoria. Provavelmente vão ser excluídos os cargos dos cinco vices regionais e há a possibilidade de a entidade passar a contar com apenas dois vice-presidentes.
"Essa era a minha maior preocupação, não houve quebra de regulamento", disse o presidente da federação gaúcha de futebol, Francisco Novelleto.
A costura das federações, articulada por Delfim Peixoto, que acumula a vice-presidência da região sul com o comando da federação catarinense, se estendeu pela noite de quarta, durante jantar de vários dirigentes no restaurante do Hotel Windsor, na Barra. Em uma mesa muito concorrida, Delfim dividia as atenções com colegas de Pernambuco, Bahia, Piauí, Paraiba, Goiás, Distrito Federal, Espirito Santo, Paraná e Minas Gerais. Ouviu da maioria que não havia como mudar as regras de sucessão com 'a bola rolando'.
"Não tinha como mudar. Não poderíamos aceitar isso. Prevaleceu o bom senso", disse o presidente da federação pernambucana, Evandro Barros.