Duplo sofrimento de Renato: sai do Fla e vê Grêmio afundar
Técnico vive semana de tormentas numa temporada difícil
A saída de Renato Gaúcho do Flamengo, após o fracasso do time na Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores, é apenas uma parte do inferno astral por que passa o treinador. Além de ver ruir o seu projeto com o Rubro-Negro, ele tem vivido dias de tensão também por causa da situação do Grêmio, à beira do rebaixamento na Série A.
A vitória do Atlético-GO sobre o Bahia, nessa segunda (29), por 2 a 1, em Goiânia, foi mais um resultado ruim para o Tricolor gaúcho. Ideal para os gremistas seria que a partida terminasse empatada. Agora, sua briga pela permanência na elite está mais restrita ao próprio Bahia e ao Juventude, cada qual com 40 pontos – quatro a mais que o Grêmio.
Por sua forte relação com o clube de Porto Alegre, por onde conquistou vários títulos como jogador e treinador, Renato Gaúcho tem demonstrado preocupação com o possível rebaixamento da equipe. Isso ficou evidente, por exemplo, quando “fechou a cara” no clássico disputado em 23 de novembro, entre Flamengo e Grêmio, no momento em que Vitinho abriu o placar para os cariocas - a partida terminou empatada por 2 a 2.
Vitinho, autor dos dois gols do Fla, acabou substituído pelo volante Piris da Motta, o que, para alguns críticos, soou como uma “punição” ao atacante por ter atuado tão bem. Muita gente não entendeu por que ele optou pela troca, tornando o Fla mais defensivo quando o Grêmio já tinha tido um jogador expulso.
Renato chegou a ser questionado sobre isso e rebateu com veemência insinuações de que fizera tudo para favorecer o Grêmio nesse jogo, válido pelo Brasileiro e que foi o penúltimo que comandou pelo Flamengo – saiu após perder o título da Libertadores para o Palmeiras, no sábado (27).