Em autobiografia, Luis Suárez reitera: "não sou racista"
Desde que foi acusado - e culpado - de racismo por Patrice Evra durante um clássico entre Liverpool e Manchester United, o atacante Luis Suárez vem lidando com a indesejada fama que, junto com o excesso de mordidas em adversários, fazem dele um dos jogadores mais polêmicos do futebol mundial. No entanto, em sua autobiografia recém-lançada, o uruguaio, hoje no Barcelona, garante que a fama de racista é injusta.
"Não sou racista. Fico triste e irritado cada vez que penso que esse será um estigma que me acompanhará provavelmente para sempre. Evra começou a discutir comigo em espanhol e me chamou de sul-americano, foi o que eu entendi de tudo o que dizia. Veio durante um escanteio perguntar porque o havia golpeado o que é hipócrita já que um defensor passa o jogo dando pontapés. Não usei o termo "negro" no sentindo que ele tem em inglês", comentou o jogador, lembrando que apesar de não ter sido um elogio, o uso do termo "negrito" não foi um ataque racista.
"É evidente que não queria ser gentil ou amável, mas tampouco foi um ataque racista. Em castelhano, usamos termos como ruivo, gordo ou fraco para nos dirigirmos a alguém. Minha esposa de vez em quando me chama de negro e meus avós se chamavam assim também. Nunca pedi perdão a Evra porque não sinto que fiz algo ruim. No outro jogo, ele vinha dando a mão a meus companheiros e depois a abaixou quando chegou a minha vez. As imagens estão aí", finalizou.