Compra por até R$ 24 milhões e multa se não subir: Juventus analisa controversa venda de SAF
Três propostas tentam comprar participação no futebol do clube da Mooca; entre atritos, conselho critica a direção, que diz ter seguido os ritos necessários e espera celeridade
O conselho do Juventus da Mooca analisa três propostas para a compra da SAF do seu futebol. A transformação para o modelo já avança desde os últimos meses do ano passado, em decisão divergente da assumida em 2022, quando a ideia foi rejeitada. Entretanto, protestos criticaram a condução da direção e motivaram a criação de uma comissão para análise das ofertas. A gestão do presidente Tadeu Deradeli diz ter seguido os ritos necessários e espera celeridade no trabalho de avaliação.
A reportagem do Estadão teve acesso a todas as ofertas, compartilhadas com os conselheiros com dever de sigilo. A expectativa inicial do presidente era que o negócio fosse concretizado até julho de 2024, ano do centenário do clube. No começo de agosto, a definição foi adiada para metade do mês, quando foi criada a comissão.
"É para ontem. Não dá para esperar mais. Querem ver novamente o valuation, mas não podemos esperar muito tempo. Se for fazer ao pé da letra, acho que até diminui o valor", justifica Deradeli, ao Estadão, falando sobre o aumento da dívida do Juventus.
Festucci esteve em gestão desde abril de 2019 até renunciar em novembro de 2021. O conselho do Botafogo-SP autorizou que o clube entre na justiça contra o ex-mandatário, em busca de indenizações.
A principal acusação é de que Festucci assinou o documento que autorizou a transformação da Botafogo SA em SAF sem comunicar ou ter qualquer autorização dos poderes do clube. O Conselho de Ética já havia decidido pela expulsão de Festucci, que não pode retornar ao quadro de conselheiros em até 10 anos. A reportagem do Estadão tentou contato com o ex-mandatário, mas não obteve retorno. O espaço continua aberto e será atualizado, em caso de manifestação de Festucci.