Gabigol por Robinho? Troca tem reunião agendada e pode rolar
A estratégia do Santos para manter Robinho pode, de fato, envolver o fim do ciclo de Gabriel Barbosa na Vila Belmiro. O jovem é considerado o último sucessor de Neymar no clube. Ao Terra, o empresário de Gabigol, Wagner Ribeiro, confirmou que o momento é de “reflexão” no plano de permanência até, pelo menos, os Jogos Olímpicos de 2016 e já agendou reunião definitiva no início da próxima semana, antes da viagem do presidente Modesto Roma Júnior à Itália. Há chances de Gabigol ser cedido ao Milan para Robinho permanecer no Santos.
“Não quero falar de hipóteses, mas é uma possibilidade aventada, sim (ir para o Milan). Ainda não há nada oficial. O que há é que ele só sai em definitivo, nada de empréstimos. Liguei hoje (terça-feira) para o presidente e o Dagoberto (dos Santos, diretor executivo) e vamos nos reunir na semana que vem”, explicou.
Modesto viajará no próximo dia 11 para conversar com o Milan e tentar convencer os dirigentes a cedê-lo em definitivo. Robinho tem contrato de empréstimo até 30 de junho e vínculo com os italianos até a metade de 2016. A permanência é dificultada pela dívida milionária do Santos com o jogador, a quem deve oito meses de direitos de imagem.
"Ele é um profissional e precisa ser remunerado. Os acordos com ele têm que ser cumpridos. A nossa parte é trabalhar para cumprir os acordos com ele", analisou Modesto durante a festa de encerramento do Paulista.
Gabigol, por sua vez, é alvo antigo dos italianos e está desprestigiado. Deixou a condição de artilheiro santista na última temporada, com 21 gols, para virar reserva pouco utilizado na atual, mesmo com a saída de Thiago Ribeiro para o Atlético-MG. Na primeira final contra o Palmeiras, foi preterido, mesmo com a ausência de Robinho, até por uma adaptação de Chiquinho no ataque.
A concorrência ainda piora pelo fato de Ricardo Oliveira ter terminado como o craque e o artilheiro do Campeonato Paulista, com 11 gols, além de ter renovado até dezembro de 2017.
“O momento, agora, é de reflexão, precisamos ver o que é melhor para as partes. Como não está jogando e o Santos precisa fazer caixa, creio que se houver uma proposta econômica boa, pode ser interessante para as partes. Podemos mudar, ele agora já tem 18 anos, está amadurecendo e precisa jogar. Agora quero aguardar. Não estou reclamando do treinador, do clube e nem de nada, o Santos é o atual campeão paulista, apenas acho que precisamos repensar”, afirmou Wagner Ribeiro.
“O Santos tem um time encaixado e ele cada dia menos chance. Como é patrimônio do clube, que sempre investiu muito, vamos ver o que realmente é melhor para os dois”, completou.
Gabriel renovou contrato com o Santos até 2019 no fim de setembro do último ano. O convencimento para ficar contou com luvas atrativas e um salários com "agrados" ao jogador. Atualmente, o clube só detém 40% de seus direitos econômicos já que 20% foram negociados pela última diretoria em um pacote com a Doyen Sports devido a dívidas com relação a venda do meia Felipe Anderson e do centroavante Leandro Damião.
O salário, por sinal, é um dos motivadores para a saída. O jogador ganhava R$ 60 mil mensais e recebe agora cerca de R$ 200 mil, com luvas (bonificação pela assinatura do contrato) de R$ 2 milhões diluídas no período, chegando a pouco mais de R$ 230 mil. Os ganhos ainda aumentarão de acordo com uma série de metas de produtividade inseridas - entre elas estão gols marcados, jogos, convocações para Seleções de base e conquistas - e ainda sofrerão reajustes automáticos por temporada.