Justiça obriga Santos a pagar Muricy; Mena retira processo
O Santos sofreu nesta sexta-feira mais um revés financeiro. O clube foi informado oficialmente que precisará quitar uma dívida de cerca de R$ 1,3 milhão remanescentes dos R$ 2 milhões referentes à rescisão contratual do técnico Muricy Ramalho, que trabalhou na Vila Belmiro entre março de 2011 a maio de 2013. O processo corre na 8ª Vara Cível do Foro da cidade.
O prazo para quitar a pendência financeira com o treinador é de três dias. O departamento jurídico do clube indicará o CT Meninos da Vila, destinado as categorias de base, como objeto de penhora do caso.
A conduta de colocar o CT das categorias de base é praxe dos advogados do clube, que já indicaram o local para uma série de processos. Além dele, o Santos tem a Vila Belmiro como patrimônio uma vez que o CT Rei Pelé tem terreno pertencente a União.
Muricy é só um dos técnicos que o Santos tem a pagar, já que ainda deve a Oswaldo de Oliveira, que trabalhou no clube no primeiro semestre do último ano, e Enderson Moreira, último demitido.
Com ambos a dívida é significativa. Oswaldo, por exemplo, tem uma série de direitos de imagem a receber, maior fatia do salário, e diz que já estuda, inclusive, entrar com ação judicial. Já a situação de Enderson foi externada pelo próprio presidente do clube, que declarou na coletiva de imprensa para dar explicações sobre a sua saída que o treinador jamais recebeu direitos de imagem desde que chegou, em setembro.
A contrapartida foi o acordo com o lateral esquerdo chileno Eugenio Mena, que se transferiu para o Cruzeiro por meio de uma liminar judicial. O processo foi protocolado na quinta-feira após um acordo entre as partes.
A exemplo de Arouca e Aranha, o lateral esquerdo abriu mão dos atrasados para se ver livre definitivamente do clube, que ainda trava uma batalha na Justiça com o centroavante Leandro Damião.
Esse, no entanto, viu a sua situação dificultada pelos indeferimentos de liminares solicitadas por seus advogados, além de ter negado benefício de justiça gratuita. O juiz responsável ainda recusou o pedido de tramitação sob segredo de Justiça e condenou o jogador a pagar multa de 1% sobre o valor da causa para "indenizar os prejuízos da parte contrária" e em 20% também do valor da causa por enxergar "má fé" de Damião.