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Muricy diz não aguentar mais: estou bem arrebentado de saúde

5 abr 2015 - 18h50
(atualizado às 19h20)
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Ter perdido para Corinthians (duas vezes), Palmeiras e San Lorenzo foi um golpe duro para o São Paulo de Muricy Ramalho, mas a derrota deste domingo para o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, abateu ainda mais o treinador. Ao deixar o Estádio Santa Cruz, ele disse sentir vergonha por não encontrar formas de reerguer o time.

"Está difícil. Outro dia até jogamos (de modo) razoável na Argentina, com o time bem posicionado, mas sem profundidade. Hoje, pusemos moleques para correrem pelo lado. Fizemos até uma boa partida no primeiro tempo, mas é difícil achar uma resposta neste momento. A gente se sente envergonhado", disse, ao final do revés por 2 a 0.

Técnico tricolor sentiu o baque por mais uma derrota
Técnico tricolor sentiu o baque por mais uma derrota
Foto: Rogério Moroti / Futura Press

Os "moleques" foram Ricky Centurión e Ewandro, escalados como pontas para servir Alexandre Pato, que atuou como centroavante na ausência dos lesionados Alan Kardec e Luis Fabiano. Ambos tiveram chances de vazar o goleiro Renan Rocha no primeiro tempo, mas as desperdiçaram e viram o adversário balançar a rede duas vezes depois do intervalo, com os também garotos Vitor e Gimenez.

"Pusemos o moleque (Ewandro) para correr. Ele teve oportunidade, mas tem hora que, quando não se aproveita, como não aproveitamos... Tivemos três jogadas contra o goleiro adversário. Aí, claro, toma o gol e a confiança vai embora", falou, tentando justificar sem muita veemência, novamente abatido depois de outro tropeço.

<p>São Paulo não teve forças para ao menos empatar com o Botafogo-SP</p>
São Paulo não teve forças para ao menos empatar com o Botafogo-SP
Foto: Marcello Zambrana / AGIF / Gazeta Press

"Quando se está em um momento ruim, fica de cabeça baixa. É uma coisa natural, se entrega mesmo. É natural do ser humano", comentou, cobrando o time e a ele próprio. "A gente tem que jogar mais do que a gente está jogando. Estamos jogando muito pouco, tem que lutar mais. Já estou bem arrebentado com minha saúde, não aguento mais. Mas, com certeza, a gente tem que vibrar um pouco mais. Lutar, jogador até tem dificuldade quando está sem confiança, mas a gente tem que jogar um pouco mais".

"No primeiro tempo, vibraram bem, jogaram. São coisas que a gente fala, mas tem que jogar futebol. Falta correr? Só correr não dá. Precisamos jogar um pouco melhor. Essa é a diferença. Quando se toma gol, perde realmente a cabeça, fica sem confiança. Nosso time, quando tomou o gol, ficou totalmente sem confiança", lamentou o comandante são-paulino.

O resultado no interior comprometeu a terceira colocação na classificação geral do Campeonato Paulista. Com 29 pontos, sua equipe termina a penúltima rodada como a pior entre os quatro grandes. O último compromisso será na quarta-feira, diante da Portuguesa, no Morumbi.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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