Santos se reúne com Doyen por Lucas Lima e trégua com Damião
A diretoria do Santos tem reunião agendada nesta sexta-feira com o empresário Renato Duprat, representante no País do grupo maltês Doyen Sports, responsável pelas negociações do meia Lucas Lima e do centroavante Leandro Damião. O encontro servirá para tratar sobre a possível saída do meio-campista, além de um acordo com relação a Damião, com quem o clube trava desgastante batalha judicial.
Lucas Lima virou o principal sonho do Cruzeiro para substituir Éverton Ribeiro, negociado em janeiro com o Al-Ahli, dos Emirados Árabes. Ele é visto nos bastidores do Santos como a grande futura fonte de receita do clube, que passa por graves problemas financeiros.
Além do interesse do Cruzeiro, o Santos já recusou duas propostas pelo jogador: uma da China e outra de um clube europeu não revelado. Para convencê-lo a ficar, lhe deu reajuste de 100% de seu salário, que passou de R$ 75 mil para R$ 150 mil.
Mesmo no ápice da crise financeira que o assombra, o clube acertou no fim de dezembro junto ao Internacional a compra de 10% dos direitos econômicos. Os outros 10% percentem à Khodor Soccer, empresa do agente do atleta. Esse é mais um dos sinais da aposta por uma venda futura. O Santos tem direito 20% dos 80 que o fundo maltês Doyen detém sobre o atleta em uma espécie de "taxa de vitrine".
Com relação a Damião, a tentativa é de uma reaproximação. O Santos sofreu na última semana mais um revés financeiro com relação ao jogador, maior contratação da sua história por R$ 42 milhões, financiada pela Doyen.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,5 milhões dos cofres do Santos devido ao não pagamento de comissão ao agente Vinícius Prates na última semana. O montante, inclusive, já foi executado da conta de forma online, enquanto o clube recorre da decisão, alegando ilegitimidade no pedido. O processo está na 8ª Vara Cível da cidade.
Além deste processo, envolvendo o seu agente, Damião também move uma ação trabalhista contra o ex-clube para o rompimento do contrato de mais quatro anos. O jogador, no entanto, viu até então todos os pedidos de rescisão de contrato com o Santos negados pela 4ª Vara do Trabalho da cidade.
A briga já ganhou desdobramentos polêmicos, principalmente pela solicitação de um benefício de justiça gratuita, o que foi negado. O juiz responsável ainda recusou o pedido de tramitação sob segredo de Justiça e condenou o jogador a pagar multa de 1% sobre o valor da causa para "indenizar os prejuízos da parte contrária" e em 20% também do valor da causa por enxergar "má fé" de Damião.