O ex-jogador Djalma Santos, lateral direito bicampeão mundial com a Seleção Brasileira em 1958 e 1962, foi reverenciado pela imprensa internacional após morrer na noite de terça-feira, aos 84 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. O assunto é destaque na página principal do site da Fifa, que tem um trecho de uma entrevista concedida por ele em 2010.
"Minha vida eu sempre levei normal. Sempre respeitei o adversário, respeitei o povo que vai assistir. Graças a Deus joguei a vida toda e nunca fui expulso. Por quê? Porque havia respeito. Jogava com lealdade", dizia, eleito o melhor lateral da Copa do Mundo de 1958, mesmo que tenha jogado apenas a final como titular.
O jornal Marca, da Espanha, diz que o ídolo mudou o modo de jogar dos laterais. Se antes a única função dos atletas dessa posição era marcar, com Djalma Santos as subidas ao ataque passaram a ser comuns. A análise é parecida à do jornal A Bola, de Portugal, que se refere ao ex-atleta de Portuguesa, Palmeiras e Atlético-PR como "um dos melhores de sempre".
O Bild, da Alemanha, exibe a seguinte manchete: "O Brasil chora por Djalma Santos". O italiano Gazzetta dello Sport salienta que o ex-atleta esteve presente em quatro Mundiais consecutivos, de 1954 a 1966, e o chama de "lenda do futebol".
Djalma Santos será enterrado na tarde desta quarta, em Uberaba, onde morava e estava internado há mais de 20 dias com problemas pulmonares.
Relembre a carreira de Djalma Santos:
Morreu às 19h30 desta terça-feira o ex-lateral direito Djalma Santos, bicampeão mundial com a Seleção Brasileira. Djalma sofreu para cardiorrespiratória causada por decorrência de uma pneumonia grave e instabilidade hemodinâmica; a foto foi tirada antes de amistoso da Seleção contra o Chile em 1966
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos (à esq.) posa para foto ao lado de Zito (centro) e Pelé em 1963
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Então presidente da República, Garrastazu Medici recebe elenco tricampeão mundial na Copa de 1970, no México, do qual Djalma Santos fez parte
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Ônibus da Seleção Brasileira chega a Manchester para partida da Copa do Mundo de 1966; Djalma Santos aparece sentado na janela, no primeiro banco (à dir.), à frente de Pelé
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Djalma Santos (à esq.) e Dadá Maravilha eternizam seus pés no Hall da Fama do Maracanã, em 2010
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Djalma Santos participa de cerimônia no Hall da Fama do Maracanã, em 2010
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Da esquerda para a direita: Falcao, Djalma Santos, Junior, Zico, Edgar Davids e Ronaldinho posam para foto em festa da Fifa em Londres, em 2004
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Djalma Santos e Pelé foram bicampeões mundiais com a Seleção Brasileira em 1958 e 1962
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Djalma Santos tenta evitar gol de Ference Bene durante derrota da Seleção Brasileira para a Hungria por 3 a 1 na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra; a partida foi realizada em Liverpool, em 15 de junho
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Alfredo di Stefano (camisa 9) apresenta Djalma Santos ao Duque de Edimburgo, Filipe (consorte da Rainha Elizabeth II), durante partida comemorativa entre a Seleção do Resto do Mundo e a Inglaterra no Estádio de Wembley, em 1963
Foto: AP
Seleção do Resto do Mundo posa para foto antes de enfrentar a Inglaterra em partida comemorativa no Estádio de Wembley, em 23 de outubro de 1963; Djalma Santos é o segundo da esquerda para a direita na fileira de jogadores em pé
Foto: AP
Djalma Santos posa para foto ao lado da Seleção do Resto do Mundo ao lado de nomes como Ferenc Puskas, Alfredo Di Stefano e Eusebio da Silva
Foto: AP
Djalma Santos (centro) conversa com Denis Law (à esq.) e Jim Baxter em frente ao hotel no qual estavam hospedados em Londres por conta da realização do amistoso comemorativo entre Seleção do Resto do Mundo e Inglaterra, em outubro de 1963
Foto: AP
Djalma Santos posa para foto junto com jogadores da Seleção do Resto do Mundo em Londres, 1963
Foto: AP
Djalma Santos retira bola das mãos do goleiro húngaro Gyula Grosits depois de Didi (caído ao centro) sofrer pênalti na partida de quartas de final da Copa do Mundo de 1954, em Berna, na Suíça; Seleção brasileira foi derrotada por 4 a 2 pela Hungria, em partida com três expulsos e que terminou com confusão
Foto: AP
Djalma Santos posa para foto durante Cinquentenário da Copa do Mundo de 1962, no Memorial da América Latina, em São Paulo
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos posa para foto antes de partida contra o Bragantino, válida pelo primeiro turno do Campeonato Paulista de 1966
Foto: Gazeta Press
Revista A Gazeta Ilustrada exibe charge de Djalma Santos na capa
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos é homenageado pela CBF e recebe prêmio de João Havelange em 2006
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos exibe troféu da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, na qual a Seleção Brasileira se sagrou campeã pela primeira vez
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos recebe troféu da Guanabara das mãos de Negrão de Lima, governador do estado da Guanabara, antes de sua despedida da Seleção Brasileira, em partida contra o Uruguai em 12 de junho de 1968
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos é homenageado pelo presidente da Portuguesa, Osvaldo Teixeira Duarte, antes de amistoso da equipe contra o Zaire em 30 de janeiro de 1972
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos (à esq.) e o ex-massagista Mário Américo (à dir.) são homenageados com diploma de Honra ao Mérito por serviços prestados à Seleção Brasileira, em cerimônia da Secretaria de Esportes da Prefeitura de São paulo, em 6 de dezembro de 1981
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Djalma Santos participa de reunião para definir regulamento do Campeonato Paulista de 1971, na sede da Federação Paulista de Futebol
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Djalma Santos treina pelo Palmeiras antes de partida contra o Santos, pelo Campeonato Paulista de 1968
Foto: Gazeta Press
Djalma Santos é homenageado em festa da CBF em 2006