Fla, Gabigol e torcida vivem “crise da pipoca”
Repercute ainda alcunha de “pipoqueiro” atribuída ao atacante
Os ânimos no Flamengo ainda não serenaram e por isso permanece a ressaca da perda do título da Supercopa do Brasil, no domingo (20), em jogo contra o Atlético-MG, em Cuiabá. Chamado de “pipoqueiro” por rubro-negros, Gabigol se irritou e foi às redes sociais para se defender. O assunto, porém, voltou à pauta na noite dessa segunda (21) - em conversa com amigos, o atacante demonstrou sua contrariedade pela manifestação de parte da torcida.
Seus colegas tentaram minimizar o incidente, ressaltando que basta uma nova boa atuação de Gabigol para que tudo fique em paz. O jogador disse que mal conseguiu dormir de domingo para segunda em razão da derrota para o Galo nos pênaltis e das rusgas com torcedores.
Enquanto isso, a diretoria do Flamengo avalia a possibilidade de a insatisfação dos rubro-negros ganhar dimensão se o time não vencer a Taça Guanabara, hoje com o Fluminense na liderança. Ninguém da cúpula comentou abertamente sobre a polêmica que teve início tão logo Gabigol cedeu a Vitinho a responsabilidade pela cobrança de pênalti que definiu o título da Supercopa – no tempo normal, o clássico ficou no 2 a 2.
Mas, segundo o Terra apurou, houve internamente críticas pontuais a Gabigol e até a Paulo Sousa, que, para alguns conselheiros do Flamengo, deveria ter determinado que o artilheiro batesse o pênalti depois que todos os 11 titulares de cada time fizeram a cobrança. A interpretação de dois ex-dirigentes do Flamengo, hoje no Conselho Deliberativo do clube, é que Gabigol não agiu como “pipoqueiro”, que na gíria do futebol rotula quem não consegue agir quando está sob pressão.
Para os dois, ouvidos pela reportagem, Gabigol quis provavelmente esperar que o Atlético-MG perdesse outra finalização para que ele marcasse o gol do título.