Flamengo derrota o Palmeiras e sonha com título brasileiro
Equipe carioca chega aos 55 pontos, tem um jogo a menos do que Inter e São Paulo e ainda com o confronto direto com os dois concorrentes
O Palmeiras não repetiu o bom futebol da goleada sobre o Corinthians, não conseguiu conter o Flamengo, foi derrotado por 2 a 0, nesta quinta-feira à noite, em Brasília, e ficou um pouco mais longe na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Permanece com 51 pontos, em quinto lugar, e ainda viu o time carioca pular para terceiro, com 55. A equipe de Rogério Ceni depende apenas de si, já que tem um jogo a menos do que Internacional (59) e São Paulo (57) e ainda enfrenta os dois adversários.
O jogo começou eletrizante. Em seis minutos, cada time criou uma grande chance. O Palmeiras quase marcou em um contra-ataque, mas Willian, livre na área, pegou mal na bola após cruzamento de Viña. O Flamengo deu o troco em bicicleta de Arrascaeta, no bico da pequena área, que Weverton conseguiu desviar para escanteio.
Os dois times adiantavam a marcação para dificultar a saída de bola do adversário. Quando o espaço aparecia, ambos tentavam imprimir velocidade.
Rogério Ceni escalou William Arão na zaga e Diego no meio de campo. Com isso, melhorou a qualidade do passe, o que fez o Flamengo dominar o setor e, com bolas em velocidade nas costas da defesa, deixar o Palmeiras sob risco constante. Aos 13 minutos, Gabigol perdeu grande chance ao chutar por cima do travessão.
O Palmeiras não conseguia sair da pressão, tinha o Flamengo o tempo todo em seu campo e parecia sem alternativa, a não ser as bolas longas, que também só saíam de vez em quando.
Sorte do Palmeiras que o Flamengo "penteava'' demais as jogadas em vez de finalizar com o objetividade. Mérito do time de Abel que seus zagueiros estavam bem ligados para desarmar ou interceptar os cariocas.
Os ataques do Palmeiras eram raros, mas aos 39 minutos Danilo teve liberdade, arriscou o chute da intermediária, a bola desviou em Arão e foi para escanteio.
O jogo estava começando a ficar equilibrado quando a defesa do Palmeiras, que estava bem em campo, cometeu uma grande trapalhada que deu ao Flamengo a abertura do placar. Após chute de Arrascaeta, a bola passou por Weverton, mas, na tentativa de afastar, Kuscevic chutou no corpo de Luan, e a bola entrou, aos 45 minutos.
O Palmeiras voltou marcando mais forte o meio-campo do Flamengo na etapa final. Com isso, passou a roubar mais bolas e, mesmo com erros de passe, articular algumas jogadas e a explorar principalmente o lado direito da defesa carioca. Por ali, conseguiu alguma infiltrações e, aos 9 minutos, uma jogada em que Gabriel Menino perdeu chance incrível, de frente para o gol na grande área, ao chutar torto, para fora.
O jogo havia mudado. O Palmeiras dominava o meio e era melhor em campo. Ceni percebeu e colocou o volante João Gomes em campo, no lugar de Arrascaeta, para reforçar o setor de seu time.
Abel Ferreira reagiu, fazendo três trocas para dar fôlego e velocidade ao time. Entraram Scarpa (saiu Viña), Lucas Lima (Willian) e Breno Lopes (Luiz Adriano). Logo depois, colocou Pedro Acácio no lugar de Raphael Veiga.
Com o time cansado, Ceni também fez várias mudanças. O Fla tentou segurar o jogo, teve chance Bruno Henrique após erro de Scarpa (Weverton defendeu), mas, na cobrança de escanteio, Pedro ajeitou e Pepê bateu e fazer o segundo. O Palmeiras já não tinha como reagir.
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 X 0 PALMEIRAS
FLAMENGO: Hugo; Isla, Rodrigo Caio (Gustavo Henrique), Willian Arão e Filipe Luis; Gerson (Vitinho), Diego (Pepê), Arrascaeta (João Gomes) e Everton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabi (Pedro). Técnico: Rogério Ceni.
PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Kuscevic e Viña (Gustavo Scarpa); Danilo (Gabriel Silva), Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga (Pedro Acácio); Willian (Lucas Lima) e Luiz Adriano (Breno Lopes). Técnico: Abel Ferreira.
GOLS: Luan (contra), aos 45 minutos do 1º tempo, Pepê, aos 37 minutos do 2º tempo.
ÁRBITRO: Savio Pereira Sampaio (DF).
CARTÕES AMARELOS: Luan, Raphael Veiga, Bruno Henrique e Renê (no banco).
LOCAL: Mané Garrincha, em Brasília.